Focus: Mercado mantém expectativa da Selic em 12,25% em 2023

Atualizado em 26 de junho de 2023 às 10:44
Comitê de Política Monetária. (Foto: Reprodução)

Mesmo com a recente decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros apenas em Setembro, economistas da Focus mantém uma projeção diferente e acreditam que a Selic deve ficar em 12,25% ainda em 2023.

Na última quarta-feira (21), o Copom decidiu por manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, conforme expectativa do mercado. Tal decisão, no entanto, ocorre em meio a pressões de governos, empresários e entidades representantes dos setores produtivos para que se inicie o ciclo de fim do aperto monetário. Por conta disso, acredita-se que esta será a última vez que o comitê mantém a taxa no mesmo patamar.

O cenário previsto pelos especialistas é de que já no mês de agosto, ainda neste ano, o Copom inicie os cortes na Selic. Contudo, no comunicado, o Copom voltou a citar “paciência e serenidade” com a condução da política monetária em relação à inflação, visando procurar outros meios de mitigar a inflação no país antes de empregar o corte na taxa básica de juros.

Para os anos seguintes, as projeções também são de queda na SELIC; 9,5% em 2024; 9% em 2025; e 8,75% em 2026.

As estimativas para a inflação, porém, seguem em queda. Para o final do ano, a média de cálculo das expectativas apontou para um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,06% ao ano, ante 5,12% há uma semana. Para os anos seguintes, novas reduções: de 4% para 3,98% em 2024; manutenção em 3,8% para 205 e queda de 3,8% para 3,72% em 2026.

Nota de cem dólares e nota de cem reais, imagem representativa. (Foto: Reprodução)

Em relação ao câmbio, apesar da queda acumulada nos últimos meses, os economistas ouvidos para o Focus mantiveram em R$ 5 a estimativa para o dólar ao fim de 2023. Para 2024, nova manutenção, em R$ 5,10. Em 2025, a projeção passou de R$ 5,18 para R$ 5,15 e para 2026 a estimativa foi mantida em R$ 5,25.

No caso do PIB (Produto Interno Bruto) as expectativas são positivas. Para 2023, a estimativa do índice passou de 2,14% para 2,18%. Para 2024 e 2025, novos aumentos, de 1,20% para 1,22% e de 1,80% para 1,83%, respectivamente. Para 2026, porém, redução de 1,99% para 1,92%.

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