PF ameaça ‘rebelião’ caso Lula escolha por militares do GSI para sua defesa

Atualizado em 26 de junho de 2023 às 10:26
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Foto: Reprodução

Delegados e agentes da Polícia Federal (PF) já ensaiam uma “rebelião” caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida devolver aos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a responsabilidade por sua segurança. A informação é da colunista Roseann Kennedy, do Estadão.

Eles alegam que é impensável que o petista vá prestigiar “quem tentou destituí-lo” em detrimento de quem “defendeu a sua permanência no cargo de presidente”. “A categoria vai se sentir humilhada e voltará a pressionar por aumento salarial e pela reestruturação da carreira”, diz um policial.

A afirmação é uma referência aos atos terroristas de 8 de janeiro, promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes, na capital federal, que envolvem a suspeita de participação e omissão de agentes das Forças Armadas.

O comando da PF tem se posicionado com firmeza nas conversas que teve com os ministros envolvidos nas negociações da segurança presidencial. A corporação quer assumir a coordenação de toda a segurança presidencial e afirma que “não há conversa para subordinar a instituição aos militares”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Foto: Juan Medina

Caso o chefe do Executivo escolha pelos militares, a promessa é de que a instituição causará um “rebuliço”. Nem mesmo a apresentação de um plano de reestruturação de cargos e salários será suficiente para conter a insatisfação de perder a segurança presidencial.

Vale destacar que a PF elaborou três planos para apresentar na reunião que espera ter com mandatário nesta semana para bater o martelo sobre o futuro da segurança presidencial.  

Por outro lado, o ministro do GSI, general Amaro, tem uma proposta para esses policiais federais que hoje fazem o serviço. De acordo com Amaro, eles ficariam como servidores cedidos, sob comando do general, e teriam de fazer novos treinamentos, de oito semanas, iguais aos dos militares.

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