VÍDEO: Folha fez campanha contra as cotas raciais

Atualizado em 10 de abril de 2022 às 16:12
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Foto: Reprodução

Em 2014, durante governo de Dilma Rousseff, a Folha de S. Paulo publicou um vídeo expondo sua opinião sobre o sistema de cotas raciais no Brasil. Intitulado “Sistema de Cotas: o que a Folha pensa”, a peça declara posicionamento contrário à medida.

O vídeo contrário às cotas raciais faz parte de uma série que pretende expor o posicionamento do jornal sobre “temas polêmicos” e já falou a respeito de questões como aborto, drogas e voto obrigatório. As imagens foram produzidas no mesmo ano em que Dilma sancionou a lei que reserva cotas para negros no serviço público.

Nesta sexta-feira (08), 8 anos depois, colunistas do jornal resolveram criticar a “baixíssima presença” de mulheres e negros no evento que oficializou a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.

A imagem gerou repercussão nas redes sociais e chamou atenção pela falta de diversidade de gênero e raça no grupo.

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Campanha da Folha

Não deve haver reserva de vagas a partir de critérios raciais, seja na educação, seja no serviço público.

São bem-vindas, porém, experiências baseadas em critérios sociais objetivos, como renda ou escola de origem.

Folha é contra as cotas raciais. Concordando ou não, siga a Folha, porque ela tem suas posições, mas sempre publica opiniões divergentes.

CAMPANHA

Essa e outras opiniões sobre temas polêmicos podem ser vistas na nova campanha institucional “O que a Folha Pensa”.

O vídeo acima integra a campanha, que será veiculada na mídia impressa, em canais de televisão aberta e paga, no rádio e na internet.“, dizia campanha na época.

Confira o vídeo do jornal contra cotas:

Colunistas detonam foto

Foto com Lula, Alckmin e outros políticos mostra apenas duas mulheres e nenhuma pessoa negra.
Foto com Lula e Alckmin está sendo criticada. Imagem: Reprodução

O colunista Thiago Amparo disparou: “Cadê os negros/as, cadê mulheres, Lula? Queremos estar do lado de lá da mesa”, afirmou, compartilhando uma foto que não conta com nenhum negro e apenas duas mulheres entre 17 homens brancos: a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e a noiva de Lula, Rosângela da Silva.

Em outra publicação, Amparo afirmou que foi atacado pela crítica que fez, e lembrou que posicionamentos como o dele foram o que levaram o PT, enquanto no governo, a criar políticas de inclusão social.

“Me chamaram de ‘imbecil’ e ‘arrogante’ pela crítica ao PT/PSB no lançamento do candidato a vice. Foram críticas de negros/as, como a minha, que impulsionaram políticas raciais do PT. Me chamar de ingrato é lógica de casa grande e senzala: receba aí e fique quieto. Não, obrigado”.

Thiago Amparo não foi o único que reclamou. Com artigo intitulado “Entre esquerda e direita, o Brasil é negro”, Antonio Isuperio também detonou o a fotografia. “A esquerda que nunca se entendeu racista, como Robin DiAngelo diz, ‘são os progressistas que causam as maiores violências cotidianas aos corpos dissidentes, porque eles se entendem desconstruidões’. A ausência de pessoas negras, mulheres e LGBTs em todos os cenários políticos demonstra o quanto ainda temos longo caminho no debate de diversidade no Brasil”, dispara.

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