
A cúpula do Exército aguarda novas ações da Polícia Federal (PF) contra militares suspeitos de envolvimento nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.
Segundo informações divulgadas na coluna de Valdo Cruz, no G1, a corporação planeja realizar mais operações visando militares, à semelhança da ação da semana passada, que teve como alvo o general da reserva Ridauto Fernandes.
O militar, no dia dos ataques promovidos por bolsonaristas na capital federal, apareceu em um vídeo com uma blusa do Brasil, afirmando que estava “arrepiado” com a invasão. Além disso, ele criticou a Polícia Militar do Distrito Federal por ter disparado bombas de gás lacrimogêneo contra os golpistas, e, em suas redes sociais, já defendeu um golpe de Estado e disse que “morreria e mataria” pelo Brasil.
⏯️ General alvo da PF foi a ato golpista: “Tô arrepiado”.
Na ocasião, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes falou que estava “arrepiado” com a invasão e criticou a PMDF.
Leia: https://t.co/osdA4lasJl pic.twitter.com/7cwfFErvDZ
— Metrópoles (@Metropoles) September 29, 2023
Além de Ridauto, de acordo com assessores da Força, há ainda outros militares que possam ter tido envolvimento nas ações que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes – estes indivíduos devem ser objeto de investigação pela PF, no âmbito do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos esses militares têm ou tiveram vínculos com as Forças Especiais, conhecidos como “Kids Pretos”, e mantinham laços com o grupo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os “kids pretos” são especialistas altamente treinados em operações especiais do Exército, incluindo ações de sabotagem e apoio à insurgência popular, conhecidas como “operações de guerra irregular”. Também referidos como “forças especiais”, eles compõem a elite de combate do Exército.
Acerca das investigações da PF, a cúpula do Exército enxerga positivamente essas ações, uma vez que para as FA elas servirão para identificar quem escolheu participar de atos considerados golpistas, ajudando a preservar a reputação da corporação.
É um processo, segundo assessores, de distinguir os envolvidos dos não envolvidos, deixando claro que militares da ativa em cargos de liderança no Exército não participaram das tentativas golpistas durante o governo Bolsonaro.
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