Forças Armadas não vão investigar comportamento de militares no caso das joias sauditas

Atualizado em 16 de março de 2023 às 9:06
Jair Bolsonaro e Mauro Cid – Foto: Alan Santos/Presidência

Até o momento, nenhuma sindicância foi aberta pelo Exército e Marinha para apurar o comportamento de seus militares no caso das joias recebidas da ditadura da Arábia Saudita pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com informações do jornal O Globo, as duas forças não têm nem mesmo planos de conduzir investigações próprias sobre o tema, que tem como foco analisar eventuais descumprimentos de seus quadros a normas internas, como as do Estatuto dos Militares.

O entendimento dos dois comandos é que já há apurações externas em curso, a exemplo da realizada pela Polícia Federal (PL) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As duas forças ainda ressaltam que esse é o curso a ser seguido.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as joias que vieram da ditadura da Arábia Saudita. Imagem: Reprodução

Diversos militares tiveram participação no plano do governo do ex-mandatário para entrar ilegalmente no Brasil com as joias sauditas ou para tentar reaver os itens apreendidos pela Receita Federal. O conjunto de joias é avaliado em R$ 16,5 milhões.

Por parte da Marinha, houve a participação do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (almirante); Marcos André Soeiro, assessor de Bento; Jairo Moreira da Silva (primeiro-sargento) e José Roberto Bueno Júnior (contra-almirante).

Já do Exército, apareceram Mauro Cid (tenente-coronel) e Cleiton Holzschuk (segundo-tenente). O comando, ao ser questionado sobre Cid, disse que “o militar encontrava-se em cargo fora da Força” e que, portanto, “o processo investigativo deve ser instaurado pelo órgão ao qual ele estava subordinado”.

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