Forças Armadas questionaram TSE pela primeira vez em 26 anos

Atualizado em 14 de maio de 2022 às 11:18
foto de bolsonaro e representantes militares em uma mesa de reuniões no formato oval.
TSE informou que prazo para mudanças no sistema foi até outubro de 2021. Foto: @DefesaGovBr no Twitter

Essa é a primeira vez em 26 anos que as Forças Armadas questionaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de 2022. No mês de fevereiro, o TSE havia respondido, em um documento com 69 páginas, as dúvidas dos militares.

Dois meses após o envio das dúvidas, o Ministério da Defesa enviou sete sugestões com a alegação de que a segurança do processo seria elevada caso fossem adotadas.

O TSE respondeu que o prazo para qualquer alteração no sistema de segurança se encerrou em outubro do ano passado e que não foram apontadas vulnerabilidades relevantes que possam colocar em risco a integridade do voto. Por lei, as mudanças relacionadas às eleições só podem ser feitas até um ano antes da votação.

Segurança durante a apuração será um tema constante nas eleições

As Forças Armadas, encorajadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que alega ter ocorrido falhas nas eleições de 2018, decidiram participar do processo, dando sugestões e enviando um integrante para acompanhar os testes e normas sobre o pleito.

O ministro Edson Fachin, atual presidente do TSE, disse em um evento no último dia 6 que está preocupado com a segurança das eleições. “Infelizmente, há evidentes ilícitos indutores de regressos institucionais, que colocam em xeque as liberdades públicas, em especial, a eficácia da soberania popular, assim como a vital independente do Poder Judiciário eleitoral”, afirmou.

Ele disse ainda que o sistema eletrônico é seguro e o apoio das Forças Armadas será fundamental. “Contamos com o valoroso apoio logístico que as Forças Armadas têm prestado na chamada logística material de realização das eleições.  E, com isso, desde há muitos anos, temos ido aos povos ribeirinhos, aldeamentos indígenas longínquos dos centros urbanos, aos quilombolas e em todo o Amazonas”, completou.

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