VÍDEO: como Freixo propôs a CPI das Milícias sozinho e mudou a história do Rio de Janeiro

Atualizado em 6 de outubro de 2021 às 10:52
Marcelo Freixo no Flow Podcast
Marcelo Freixo em entrevista para o Flow Podcast.
Foto: Reprodução

Em entrevista ao Flow Podcast, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) falou sobre a criação da CPI das Milícias.

O parlamentar contou a história da comissão, um marco na luta contra o crime organizado.

Ele disse que virou “motivo de chacota” em 2008, quando apresentou o pedido pela instalação da CPI.

“Ninguém quis assinar comigo. Só eu assinei”, afirmou Freixo, lembrando que muitos deputados tinham “medo” ou achavam que a investigação “não ia dar em porra nenhuma”.

Leia também:

1 – Juízes antivacina querem fim da obrigatoriedade do imunizante para entrar no TJ

2 – Allan dos Santos usou estagiária de Lewandowski como informante no STF

3 – Relatório da CPI deve pedir indiciamento de Eduardo e Carlos Bolsonaro

Na época em que propôs a comissão, o pessebista contou que sua família estava “estragada”. Seu pai estava doente e seu irmão havia sido assassinado pela milícia.

Segundo Freixo, o projeto ficou um ano parado, até que repórteres do jornal O Dia que investigavam milicianos foram torturados.

A partir daí, iniciou-se uma forte campanha da mídia a favor da CPI.

“E aí aquele maluco que tinha assinado a CPI das Milícias sozinho era o autor do projeto. E pelo regimento da Casa, quem propõe a CPI preside a CPI”, narrou o deputado.

Foram 7 meses de investigação, com um sistema de escutas telefônicas e recebimento de denúncias anônimas.

“O resultado final da CPI são 240 milicianos indiciados ou presos, um relatório que explica tudo quanto à milícia e muda a opinião pública sobre a milícia”, afirmou.

Veja abaixo:

CPI das Milícias não foi por vingança, diz Freixo

Marcelo Freixo disse que o pedido para abertura da comissão não se deu por “vingança”.

“Não quero que matem quem matou meu irmão”, alegou. Ele justificou que o colegiado existiu para evitar que outras famílias passem pelo que a dele passou.

“Se eu quisesse fazer com esses caras o que eles fizeram com meu irmão, eu ia me igualar a eles e eu não posso me igualar a eles. A gente não pode se igualar ao que a gente tem que vencer, a gente tem que ser maior que isso. Por isso que vingança não pode mover a gente.”