Fujão? “Poderia estar muito bem em outro país”, disse Bolsonaro ao STF

Atualizado em 26 de março de 2024 às 10:11
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Desde que se tornou alvo do sistema judicial após as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sugerido que deixar o país poderia ser uma opção, embora tenha afirmado que tal iniciativa está fora de questão no momento.

“Poderia estar muito bem em outro país. Preferi voltar para cá [Brasil] com todos os riscos que corro. Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que os juízes sejam isentos”, declarou recentemente, em uma mensagem direcionada ao STF (Supremo Tribunal Federal), conforme informações da Folha de S.Paulo.

Em um discurso proferido nesta segunda-feira (25) em São Paulo, Bolsonaro revelou que visita embaixadas em todo o país, mantém conversas com embaixadores e estabelece relações com líderes de outros países.

“Muitas vezes esse chefe [de Estado] liga para mim, para que eu possa prestar informações precisas sobre o que acontece no Brasil”, afirmou o ex-presidente em evento do PL, seu partido, na capital paulista.

“Temos boas relações internacionais, como até hoje mantenho relação com alguns chefes de Estado pelo mundo. Frequento embaixadas pelo Brasil, converso com embaixadores. Tenho passaporte retido, se não estaria com [os governadores] Tarcísio [de Freitas] e [Ronaldo] Caiado em viagem a Israel”.

Bolsonaro em imagem captada pelo circuito interno de segurança da embaixada da Hungria. Foto: Reprodução/NYT

A declaração de Bolsonaro surgiu logo após a Polícia Federal (PF) decidir investigar a informação de que o ex-capitão teria permanecido na embaixada da Hungria em Brasília por dois dias após uma operação da PF que resultou na apreensão de seu passaporte.

A notícia sobre a permanência de Bolsonaro na embaixada da Hungria foi divulgada na última segunda-feira (25) pelo New York Times. Vídeos do sistema de segurança mostram o ex-mandatário em frente à missão diplomática em 12 de fevereiro.

Vale destacar que quatro dias antes, a PF havia confiscado o passaporte de Bolsonaro como parte de uma investigação sobre uma alegada conspiração liderada pelo ex-presidente para se manter no poder apesar da derrota eleitoral para Lula (PT).

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