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Glauber Braga tenta explicar voto contrário à cassação de Flordelis: “Seria incoerência minha”

Glauber Braga

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) utilizou as redes sociais nesta terça-feira (11) para tentar explicar seu voto contrário à cassação do mandato de Flordelis (PSD-RJ).

No Plenário da Câmara, o parlamentar defendeu que fosse votado a suspensão do mandato parlamentar de Flordelis (PSD-RJ) para que, após o julgamento, fosse votada a cassação.

A agora ex-deputada é acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Crime ocorrido há mais de dois anos, em junho de 2019.

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Explicação de Glauber Braga

“Flordelis matou? Não sei. O júri vai avaliar. Sabia da controvérsia, mas achei que seria incoerência minha cassar mandato antes de julgamento e dizer que defendo agenda antipunitivista”, disse em uma thread no Twitter.

“Poderia votar Sim? Poderia. Politicamente é o que geraria menos desgaste? Com certeza. Eu me sentiria bem? Não. Me sentiria covarde por estar caminhando contra as minhas convicções. Nem no dia do advogado, nem em nenhum outro dia é o exemplo que quero dar pro meu filho”, apontou ele.

Contudo, o parlamentar errou ao votar contra a cassação do mandato de Flordelis ao considerar o caso do assassinato de Anderson Carmo.

Por que Glauber errou? 

O problema é que Flordelis não foi cassada por matar o marido, assunto do júri popular, e sim por usar o mandato para obstruir as investigações e por mentir ao Conselho de Ética.

Leia, abaixo, a íntegra da explicação do deputado:

Flordelis matou? Não sei. O júri vai avaliar. Sabia da controvérsia, mas achei que seria incoerência minha cassar mandato antes de julgamento e dizer que defendo agenda antipunitivista. Houve proposta de votar antes a SUSPENSÃO do mandato até o julgamento. Lira não aceitou.

O argumento que será utilizado é que nesse caso a avaliação era sobre quebra de decoro. Não ví os elementos comprovados (a dúvida já é motivo pra não votar Sim) e a consequência prática é que deverá sair um pedido de preventiva e o destino será o cárcere antes do julgamento.

Poderia votar Sim? Poderia. Politicamente é o que geraria menos desgaste? Com certeza. Eu me sentiria bem? Não. Me sentiria covarde por estar caminhando contra as minhas convicções. Nem no dia do advogado, nem em nenhum outro dia é o exemplo que quero dar pro meu filho.

Por último. Não era disputa contra a extrema-direita, já que ela foi abandonada por todos. Disputa no campo dos inimigos de classe? Na minha avaliação, não foi o caso. E é isso! Sou esse pacote completo mesmo, e não vou me apresentar pela metade.

Hellen Alves

Jornalista. Gosta de política, festivais de música, de sobremesas, de viajar e planejar viagens.

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