Golpista presa pela PF diz que deputada bolsonarista organizou e financiou viagem para atos terroristas

Atualizado em 16 de março de 2023 às 12:47
Deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), uma bolsonarista detida por participação nos atos terroristas do 8 de janeiro, em Brasília, relatou que uma deputada federal e dois candidatos a deputado no Mato Grosso foram os responsáveis pela organização de um ônibus que saiu do estado com destino a capital federal.

De acordo com o colunista Aguirre Talento, do UOL, Gizela Cristina Bohrer, aposentada e residente em Barra do Garças (MT), relatou ter embarcado em uma caravana organizada pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT), policial militar eleita, pela candidata a deputada federal Analady Carneiro da Silva (PTB-MT), que não se elegeu, e pelo candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB-MT), que ficou como suplente.

A simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também disse ter chegado a Brasília no sábado, véspera dos ataques terrorista promovidos por apoiadores do ex-chefe do Executivo nas sedes dos Três Poderes.

Manifestantes terroristas no Planalto – Foto: Marcelo Camargo

A deputada Coronel Fernanda, no entanto, negou ter organizado qualquer ônibus para os atos terroristas. A bolsonarista também disse que estava em Mato Grosso nessa data. “Em anos anteriores, quando tivemos aqueles primeiros movimentos, como do 7 de setembro, todos nós ajudamos, mas em 2023, não. Não tenho participação e nem sei quem é essa pessoa que está falando”.

Analady e Yonekubo também negaram a organização da caravana que tinha como destino Brasília. “Não fui nem organizei nada. Era meu casamento no dia 7 (de janeiro) e como eu já era alvo do ministro Alexandre de Moraes, eu não mexi com mais nada”, afirmou Yonekubo.

Já Analady ressaltou que havia viajado para a capital federal em dezembro, mas que não participou das organizações para o 8 de janeiro. “Ela se confundiu”, disse.

Vale destacar que a PF já havia realizado busca e apreensão contra ambos em dezembro do último ano. Os Bolsonaristas eram investigados sob suspeita de que estavam incentivando a realização de atos antidemocráticos pelo país.

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