Governo manda Google sinalizar campanha contra o PL das Fake News como “publicidade”

Atualizado em 2 de maio de 2023 às 13:04
Fachada do escritório do Google em King’s Cross Central em Londres. Foto: Jason Alden

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, determinou que o Google sinalize conteúdos com críticas ao PL da Fake News como “publicidade”. A ordem do órgão serve para os materiais produzidos pela própria empresa ou de outros sites que são veiculados na plataforma.

O Google também terá que veicular uma “contrapropaganda voltada a informar devidamente os consumidores o interesse comercial da empresa no que concerne à referida proposição legislativa” em até duas horas após ser notificado pelo governo.

A medida estabelece multa de R$ 1 milhão por hora no caso de descumprimento e foi anunciada em coletiva de imprensa nesta terça (2) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelo secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous.

“No caso de anúncio publicitário contra o PL 2630, veiculado na página de abertura do buscador Google, não há transparência, trata-se de informe publicitário do próprio Google manifestando sua posição quanto o PL, sem nenhuma sinalização”, diz a determinação da Senacon.

Google faz campanha contra o PL das Fake News. Foto: Reprodução

O documento ainda aponta que as buscas do Google costumam informar que há patrocínio nos resultados, mas no caso dos textos contra a PL das Fake News “não há informação nenhuma sobre o caráter publicitário do material”.

O ministro já havia anunciado, nesta segunda (1), que acionaria a Senacon contra o Google por possível prática abusiva.

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