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“Moleque”: Como Guedes convenceu Bolsonaro a adiar o Auxílio Brasil

Paulo Guedes é contra o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil

Paulo Guedes não vive seu melhor momento no governo Bolsonaro, mas não desce do salto. Recentemente, entrou firme numa queda de braço com Ciro Nogueira (PP) e convenceu o presidente a adiar o Auxílio Brasil. O ministro da Economia é contra dar R$ 400 por mês aos beneficiários. Já o grupo político bolsonarista diz que esse é o único valor capaz de fazer o chefe do executivo federal entrar na briga da reeleição.

Conforme apurou o DCM, o ministro da Economia procurou Bolsonaro para conversar sobre o Auxílio Brasil. Ele reclamou do valor, mas o presidente deixou claro que não iria voltar atrás. Relatou que a reeleição dele está ameaçada e o Auxílio Brasil é uma possível solução.

O governante explicou que a ideia era do centrão e Ciro Nogueira era o principal articulador do projeto. “Ele está tendo atitude de moleque. Vai estourar o teto de gasto”, reclamou Paulo. Só que o presidente iria anunciar a proposta nesta terça (19) no Palácio.

Ciro Nogueira soube da crítica que recebeu de Guedes. Não perdeu a oportunidade e enviou um recado para interlocutores do ministro da Economia. “Estou trabalhando para o presidente vencer ano que vem. Diferente de alguns outros que se dizem aliados e não fazem nada de diferente”, retrucou.

O grupo político venceu a queda de braço e a equipe econômica inteira ameaçou se demitir em solidariedade a Guedes. Mesmo assim, Bolsonaro não se preocupou e estava preparado para levar seu plano em prática.

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Guedes usou o mercado como exemplo

O ministro da Economia soube da queda da Bolsa de Valores e do aumento do dólar após a informação que o Auxílio Brasil pagaria R$ 400 aos beneficiários. Ele falou com Bolsonaro que a irresponsabilidade fiscal o prejudicaria com o mercado.

Ciro Nogueira também conversou com o presidente depois de ver os números da Bolsa. Ele relatou que Guedes tinha razão e o grupo precisava encontrar uma nova solução para acalmar os investidores.

No fim, Bolsonaro aceitou adiar a cerimônia e Paulo Guedes comemorou. Só que o chefe do executivo avisou: “Não vou voltar atrás. É só um adiamento”.

Naian Lopes

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