O pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse, em entrevista à DCMTV nesta quarta-feira (26), que não é contra ter mais de uma candidatura de esquerda e centro-esquerda no estado. Ele afirmou que compreenderá o “desejo” de Márcio França (PSB) em se candidatar.
“Isso não deveria ser um problema para nós”, afirmou Haddad.
O problema, no entanto, é em relação às negociações para uma federação partidária entre PT e PSB, que estão emperradas por causa de São Paulo.
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A regra da federação impõe que os partidos unidos funcionem como se fossem uma única sigla. Portanto, se a aliança entre as duas agremiações acontecer, não será possível as duas candidaturas.
Na entrevista para a DCMTV, Haddad deixou claro que não vê problema em ele e Márcio França serem candidatos na mesma eleição.
“Eu não sou contra duas candidaturas. Já falei sobre isso com o Márcio França. No limite, pode ter duas candidaturas. Em 2012, eu fui pra eleição contra o Chalita que era meu amigo. Nós tínhamos um pacto de quem fosse para o segundo turno apoiaria o outro. E depois derrotamos o José Serra em 2012”, lembrou o ex-prefeito da capital paulista.
Ainda sobre o tema, o petista continuou: “Já falei com o Márcio França sobre esse assunto. Não excluímos, nem ele e nem eu, de ter duas candidaturas em São Paulo. Da minha parte, ele sabe que não teria problema nenhum. E eu acho que da parte dele também não”.
“São Paulo é o berço do PT, assim como Pernambuco é o berço do PSB. O PSB sabe disso, sabe da importância de São Paulo para o PT. E estamos conversando. Mesmo eu estando liderando as pesquisas, tendo a ausência do Alckmin, ou empatado com o Alckmin quando ele está presente, nós não estamos fazendo disso uma imposição para o Márcio”, afirmou o ex-ministro da Educação.