Indeciso, Kassab agora descarta Lula; entenda

Atualizado em 17 de fevereiro de 2022 às 11:04
A imagem do Kassab com Lula
O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-presidente Lula (PT), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann – Ricardo Stuckert-05.mai.2021/Divulgação

Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, descartou um eventual apoio a uma candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno, diz reportagem de André Guilherme Vieira no Valor Econômico.

Ele faria isso em troca da retirada da pré-candidatura do senador petista Jaques Wagner ao governo baiano,  cedendo a cabeça de chapa ao senador Otto Alencar (PSD-BA). Governada atualmente por Rui Costa (PT), a Bahia está há 16 anos sob o comando do PT.

“Não temos nenhuma discussão com o PT que envolva questões regionais e a Bahia é um tema local que nem passa por mim”, afirmou ao Valor. Segundo o dirigente do PSD e ex-prefeito de São Paulo, Otto Alencar é candidato à reeleição ao Senado, na chapa do PT. “Isso está sendo discutido localmente, não tem nenhuma vinculação nacional, tem zero repercussão no plano nacional. Nós vamos ter candidato próprio a presidente”.

Em seu segundo mandato, o governador Rui Costa não pode ser candidato à reeleição. Por isso estaria interessado em disputar a vaga ao Senado atualmente ocupada por Otto Alencar, que teria de desistir do projeto de reeleição ao cargo. Nessa hipótese, o vice-governador baiano, João Leão (PP), assumiria o governo do Estado até o final de dezembro.

Kassab garante que continua de pé o plano do PSD de ter o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como cabeça da chapa presidencial da legenda. Pacheco, no entanto, tem dado sinais de que está mais interessado em se reeleger para a presidência do Senado. O mandato parlamentar dele se encerrará somente em 2027.

“Ele ainda está avaliando, foi convidado para ser candidato, pediu tempo para avaliar e está avaliando. Tem tudo para ele ser candidato, eu mesmo vou coordenar a campanha dele se ele aceitar a candidatura, ele mesmo me convidou”.

“Agora, se ele decidir que não será candidato a presidente, o [governador gaúcho do PSDB] Eduardo Leite é uma boa alternativa, não é?”, indagou. Leite foi derrotado na prévia presidencial tucana de novembro pelo governador de São Paulo, João Doria.

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Pressão dos diretórios

Lideranças de 16 estados do PSD resistem ao acordo nacional entre os partidos. Essas informações são do jornal O Globo.

Segundo cálculos eleitorais dos diretórios, que levam em conta os diferentes cenários regionais, o mais conveniente, para a maioria dos dirigentes, seria uma postura neutra ou a candidatura própria. Há ainda uma minoria que defende o alinhamento ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

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