O Governo Bolsonaro tem cinco dias para dar informações sobre a grave situação que tem vivido o povo Yanomami, na Amazônia. A decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. O magistrado acatou o pedido feito pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede).
O governo Bolsonaro deve enviar detalhes ao Supremo da situação nutricional, serviços de saúde e acesso à água potável. A gestão bolsonarista também terá que prestar esclarecimentos sobre os medicamentos disponibilizados aos indígenas.
Randolfe solicitou que a Corte ordenasse o presidente a tomar ações que protejam à comunidade Yanomani. A ação acontece depois que apareceram denúncias de negligência do atual governo no atendimento à comunidade.
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Bolsonaro abandonou Yanomamis
O povo Yanomami foi completamente abandonado pelo governo. Reportagem do Fantástico mostrou crianças doentes, desnutridas e sem atendimento médico na maior reserva indígena do Brasil. Ao mesmo tempo, garimpeiros destroem a floresta amazônica, contaminam as águas e espantam caça e a pesca. Faltam até remédios aos indígenas.
Cerca de 30 mil indígenas vivem na reserva, em mais de 300 comunidades. O povo ainda sofre com o avanço da malária em suas terras. Foram mais de 16 mil casos só neste ano.
Entre três comunidades, Sururucu, Heweteuy e Xaruna, só a primeira tem posto de saúde e hospital de internação. Indígenas de 23 comunidades vão até lá quando precisam de socorro. Faltavam remédios e sobravam leitos no local, mesmo tendo muitos doentes nas comunidades.
A responsabilidade do atendimento é da Secretaria Especial de Saúde indígena (Sesai) e do Distrito Sanitários Especial Indígena (Dsei), ambos ligados ao Ministério da Saúde.
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