A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), investigações da CPI tem andamento e comissão envia acusações ao STF. Os integrantes da comissão encaminharam nesta quinta-feira (17) uma lista que individualiza os acusados e os crimes cometidos por cada um que teve indiciamento recomendado pelo relatório final da comissão.
Em reunião na quinta-feira (10), representantes da PGR pediram que as informações fossem enviadas de forma individualizada para poder dar prosseguimento aos processos envolvendo as autoridades apontadas no relatório da CPI que tinham foro privilegiado, como o presidente Bolsonaro.
A cúpula da CPI analisa que a medida serve apenas para mascarar uma eventual omissão de Augusto Aras, procurador-geral.
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Queda de braço entre CPI e Aras continua
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também é vice-presidente da comissão, disse na terça-feira (15) que os parlamentares iriam atender ao pedido, mas dariam prazo para Aras agir.
“[Com os discursos] Vocês perceberam que não só está cogitado [o impeachment de Aras), mas é uma possibilidade que está no radar do observatório da pandemia, que é o herdeiro da CPI da Pandemia. Isso não é dito apenas por mim, isso é dito pelos demais colegas, os 17 membros do observatório”, disse o senador.
Entre os indiciados, aparecem o presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 12 pessoas com foro especial, como parlamentares e ministros de Estado.
Em nota à Folha de São Paulo, a PGR disse que “”No âmbito de cada um desses procedimentos, têm sido dados os impulsos necessários para os respectivos andamentos, o que inclui as providências para se identificar e assegurar a higidez do conjunto probatório em que se baseou o indiciamento das 12 autoridades com prerrogativa de foro junto ao STF”.