Com o desenrolar dos conflitos entre Rússia e Ucrânia que já atingem o oitavo dia, diplomatas brasileiros do Itamaraty têm se dividido sobre a posição adotada pelo governo Bolsonaro em relação à guerra da Ucrânia.
Na ONU, o Brasil adota postura de equilíbrio e condenou a invasão do território ucraniano pelos russos. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) evita criticar Vladimir Putin.
Nos gabinetes do chanceler, Carlos França, e do embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, o posicionamento é considerado correto, sob o argumento de que o país deve ser “realista e priorizar os interesses estratégicos do Brasil”. Caso Bolsonaro se posicionasse contra a Rússia, França e Costa Filho avaliam que o Brasil perderia a “capacidade de mediar”.
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Itamaraty dividido
Na última quarta-feira (03), o governo votou a favor de uma resolução nesta quarta-feira criticando a Rússia, o Itamaraty fez questão de tomar a palavra para criticar potências ocidentais e alertar que a paz não será atingida dessa forma. Após o voto, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, disse que a resolução “não vai longe suficiente” e alertou que um cessar fogo é apenas o primeiro passo para atingir a paz. “Para que haja paz sustentável, ele precisa ir além”, alertou.
Em contrapartida, os críticos à postura brasileira defendem que o país deve abandonar a imparcialidade e defender um país em detrimento de outro. Para eles, o Brasil não tem capacidade de mediar um conflito desse tamanho, ainda mais com a estatura que tem hoje no cenário internacional.
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