Kalil vive momento mais difícil na prefeitura de BH e sofre ameaça de impeachment

Atualizado em 21 de outubro de 2021 às 21:36
Kalil impeachment processo
Kalil pode sofrer processo de impeachment

Alexandre Kalil (PSD) vive seu momento mais tenso desde que assumiu a prefeitura de Belo Horizonte, em 2017. O pré-candidato ao governo de Minas Gerais sofre ameaça de impeachment. Isto porque vazaram áudios do prefeito. O conteúdo mostrou que ele teria dito que empresários de empresas de ônibus pagariam para a contratação da defesa do ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada.

O assunto dominou a Câmara de BH e vereadores passaram a cogitar o pedido de impeachment de Kalil. Tudo começou depois que Alberto Lage, ex-chefe de gabinete, mostrou os áudios na CPI. Segundo ele, Hermes Vilchez Guerrero seria pago por empresários de ônibus. E teroa que fazer a defesa de Bouzada.

Em uma das gravações, Kalil teria dito que R$ 1 milhão seria usado para pagar a contratação de advogados. “O que você ganha se você for lá e esculachar o [inintelegível]? Você foi mal assessorado, não gosta, não sei o que. Vai chegar para ele: vem cá amigo, vem cá no tribunal e fala como você foi mal assessorado”, diz um trecho.

“E o cara tá preparando uma peça dessa, desse tamanho, para pagar R$ 1 milhão para advogado. Que deve ser o Joel, o c…, o Marcelo. Como chama aqueles irmãos que mexem com Lessa, entendeu? Eles rateiam lá, dá cem mil para cada um”, concluiu.

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Kalil se defendeu

Kalil se defendeu e afirmou que entrará na Justiça. “O problema do áudio é que ele é distorcido e, quando for transcrito na Justiça, como será, todos vão ver que eu disse que eu pensava, que eu achava, que podia ser, que podia não ser, que um advogado do nível do doutor Hermes Guerrero poderia estar sendo financiado por alguém, como está transcrito claramente do áudio, de uma conversa particular com quem eu achava que era de confiança e fazendo meu juízo de valor de tudo o que estava acontecendo”, disparou.

“Eu não queria invadir CPI, não. Eu fiz uma proposta gentil ao relator (Irlan Melo), eu me ofereci gentilmente, agora vai fazer requerimento… digo que o presidente (Juliano Lopes) está equivocado. Ele não pode me convocar na hora que ele quiser porque eu não vou (…). Eles perderam uma oportunidade que não terão mais, de ter o chefe do Executivo prestando todos os esclarecimentos”, continuou.

“A justiça me importa muito pouco, eu vou entrar, é claro que eu tenho que entrar, por uma questão de… Não podem falar o que falam, do jeito que falam, acham que porque estão atrás de um mandato de vereador podem desacatar todo mundo. Eu não tenho medo de CPI. A grande vantagem da mão limpa é não ter medo de CPI”, concluiu o prefeito.