Como Kassab quer virar ‘o dono’ do Brasil em 2023 e mandar no presidente

Atualizado em 24 de setembro de 2021 às 6:40
Kassab
Gilberto Kassab, presidente do PSD. Foto: José Cruz / Agência Brasil

Gilberto Kassab (PSD) sempre foi considerado um político habilidoso. Em 2004, garantiu uma vaga como vice de José Serra para prefeitura de SP. Dois anos depois, virou prefeito. Conseguiu ser reeleito e ainda criou o PSD quando rompeu com o DEM, em 2011.

Foi ministro do Governo Dilma Rousseff, depois de Michel Temer e Secretário da Casa Civil de João Doria. Neste período, se lançou em 2014 ao cargo senador, mas perdeu para José Serra. Para muitos, ele tinha sua influência nos bastidores, mas pequena perto de outros caciques.

Só que, desde 2020, Kassab se fortaleceu. Em 2020, fez o PSD se tornar o terceiro partido com o maior número de prefeitos eleitos. Agora seu plano é mais ousado: ter a maior bancada da Câmara. Eleger um número considerável de senadores. E ainda ter o maior número de governadores do Brasil.

Conforme apurou o DCM, Gilberto conversou com aliados e avisou que seu objetivo é ter 60 deputados federais a partir de 2023. Para isso ocorrer, ele trabalhará para lançar um nome ao cargo de presidente ou vice. Rodrigo Pacheco é quem ele tem maior preferência.

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Kassab quer muitos governadores

Já para os estados, ele tem trabalhado em nomes pesados. Em São Paulo, por exemplo, está muito perto de anunciar a filiação de Geraldo Alckmin. Os dois estão se encontrando com frequência para falar sobre plano de governo. Na visão do presidente do PSD, Alckmin é o favorito para vencer em 2022. Isso permitira que ele tivesse o principal colégio eleitoral do país na mão.

Em Minas Gerais, a guerra será muito grande contra Zema. Só que há grande confiança que Alexandre Kalil consiga ser eleito. Muito popular na capital, já existe um forte trabalho no interior para alavancar o nome do ex-presidente do Atlético-MG.

Gilberto ainda está de olho em estados como Paraná e Mato Grosso. Caso alcance seus objetivos, ele seria a maior liderança política interna do Brasil. E qualquer presidente que quisesse governar, precisará sentar com ele.