
Em matéria, o Le Monde destacou o aumento da extrema pobreza no Brasil. Segundo o jornal francês, o país “afunda na pobreza extrema”. O texto é da autoria de Bruno Meyerfeld, correspondente do veículo no Rio de Janeiro.
“Devido à pandemia Covid-19 e à crise econômica, o número de moradores de rua continua a aumentar nas megalópoles brasileiras. Carne, arroz, feijão … os preços dos alimentos disparam, arrastando milhões de pessoas para uma ‘grave insegurança alimentar'”, diz o texto do Le Monde.
O correspondente entrevista moradores de rua do Rio e destaca o impacto da crise de saúde e da econômica. “A situação dos moradores em situação de rua é apenas a parte mais visível do drama atual do Brasil, onde a pobreza explodiu”.
O autor culpa a crise sanitária e questões climáticas pela condição, mas diz que elas “não explicam tudo”. “Os especialistas apontam a responsabilidade de Jair Bolsonaro (…), acusado de favorecer a instabilidade e bloquear a retomada econômica”, diz Meyerfeld.
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Le Monde cita insegurança alimentar e inflação
O jornal francês cita dados da USP de para mostrar o cenário do país. Relata que mais de 60 milhões vivem abaixo da linha de pobreza e 19 milhões de pessoas vivendo em situação grave de insegurança alimentar (fome).
Também lembra da inflação galopante, que atinge produtos essenciais. Alguns, como o feijão, tem 40% de aumento. O óleo de soja, por sua vez, 67%. “Isso não acontecia desde 1994 e o famoso ‘plano real’, que permitiu colocar um ponto final na hiperinflação estrutural”, avalia.