Letícia Dornelles defende vacina explica veto ao passaporte em Fundação no Rio

Atualizado em 23 de setembro de 2021 às 16:28
Letícia Dornelles posa para foto
Letícia Dornelles, presidente da Casa de Rui Barbosa, defende vacina | Reprodução do Facebook

A presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Letícia Dornelles, explicou o veto ao passaporte da vacinação. Em conversa com o DCM, ela negou que tenha pessoalmente instruído funcionários a não apresentarem o documento. Além disso, também enviou o parecer de um procurador federal sobre o tema.

O DCM havia publicado ontem (22) que um memorando interno da Fundação, assinado por Letícia, falava do tema. No documento, a presidente da Fundação, que é indicação do governo federal, disse que não exigiria o passaporte de vacinação. Acontece que o prefeito Eduardo Paes assinou decreto obrigando a apresentação do item em locais públicos do Rio.

Como a Fundação Casa de Rui Barbosa fica na cidade fluminense, houve questionamento sobre a decisão. A reportagem perguntou diretamente para Dornelles se ela descumpriria o decreto e a resposta foi direta. “Com base no jurídico da FCRB, comuniquei aos servidores que não vamos SOLICITAR o comprovante internamente”.

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Letícia Dornelles explica

Segundo ela, trata-se de uma decisão do setor jurídico, não dela. “Hoje à tarde, eu enviei à Associação dos Servidores, ao Comitê de Governança, aos diretores, ao Núcleo de Gestão de Riscos, ao Comitê de Ética e servidores em geral. E pedi que informassem aos setores, e que também publicassem no PARA TODOS o parecer do procurador federal interno, dr Daniel Oliveira.

“O decreto é sobre o Decreto municipal, que dita regras sobre o comprovante da vacina no âmbito do Rio de Janeiro”, revela. E a presidente da Fundação foi além de lembrou. “Ele estava na minha sala e pedi permissão”.

Letícia Dornelles ameaçada

A presidente da Fundação afirmou à reportagem que não é contra a vacina. “Sou vacinada com as duas doses, ando com o comprovante na bolsa e o enviei ao RH. Sou a favor da vacinação e não me importo em carregar na bolsa o atestado. Eu o exibi na reunião, inclusive. Pedi o parecer tão logo o Decreto foi publicado, mas o procurador entrou em férias e o entregou hoje. Tão logo o recebi, optei por enviá-lo aos servidores”, conta.

Ela contou que vem sendo ameaçada. “Infelizmente, já há pessoas, nas redes sociais, ‘desejando que eu morra de covid’ por causa de trechos do parecer. Citam que sou ‘negacionista’. Justo eu, vacinada. Justo eu, que levei a cientista e médica Sue Ann Clemmens , da Oxford-Astrazeneca, ao auditório, no aniversário do Museu”, afirma.

Por fim, Letícia esclarece. “De minha parte, seguirei trabalhando normalmente. Com o meu comprovante de vacina na bolsa. Trabalho presencialmente e uso o metrô. Emitirei Portaria de trabalho híbrido, com 3 vezes por semana presencial, conforme combinamos na reunião com os servidores. Sigo o jurídico. Porque em toda e qualquer questão especial quem fala juridicamente pela Fundação Casa de Rui Barbosa é o procurador federal. Em anexo, o parecer completo dele”, finaliza.