Levantamento aponta estabilidade inédita desde 1994 na sucessão presidencial de acordo com o Datafolha

Atualizado em 24 de setembro de 2022 às 11:34
Montagem de fotos de Lula e Bolsonaro sorrindo
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução/Instagram

A disputa presidencial de 2022 tem sido a mais estável desde 1994. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes em intenções de votos, não oscilaram além da margem de erro desde 16 de agosto, quando a campanha começou oficialmente. Uma nova pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (23), aponta que o petista segue na liderança da corrida eleitoral, com 47%, ante 33% do atual chefe do governo. O ex-presidente oscilou dois pontos para cima, enquanto o candidato à reeleição se manteve com a mesma porcentagem.

Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, o último pleito em que se teve uma estabilidade similar ocorreu em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se reelegeu no primeiro turno e, entre agosto e a véspera da eleição, variou apenas sete pontos, de 42% para 49%. Disputando com FHC na época, Lula se manteve estável e chegou à disputa com 26%.

Já a eleição com maior variação foi a passada, de 2018. Fernando Haddad (PT) subiu 18 pontos, de 4% para 22%, nas pesquisas, entre o início da campanha e a véspera da votação, enquanto Bolsonaro foi de 22% para 36%.

Enquanto a nova pesquisa mostra que Lula segue com chances de ser eleito já no primeiro turno, os candidatos da chamada terceira via seguem estacionados. Ciro Gomes (PDT) tem 7%, um ponto percentual a menos que no levantamento anterior. O cearense está tecnicamente empatado com Simone Tebet (MDB), que registrou os mesmos 5%. Brancos e nulos continuam os mesmos e os que dizem não saber em quem votar somam 2%.

A simulação de um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro também aponta um cenário estável, com o petista sendo o escolhido de 54% dos eleitores, contra 38% que preferem o atual presidente. Essa estabilidade é explicada pelo alto número de pessoas que estão totalmente decididas em quem votar.

Em alguns estratos, porém, houve movimentação, de acordo com o Datafolha. Lula, por exemplo, cresceu entre a parcela de eleitores com renda de até dois salários mínimos, passando de 52% para 57%. Já Bolsonaro, caiu na faixa de dois a cinco salários, indo de 43% para 36%, mas continua liderando entre os mais ricos.

Lula também ampliou sua vantagem entre as mulheres e os católicos, grupo com o qual tem vantagem. Já no meio evangélico, Bolsonaro oscilou um pouco e tem 50% das intenções de votos. Nos três maiores colégios eleitorais do país, os movimentos foram opostos. O petista cresceu em Minas Gerais, indo de 10 a 13 pontos de vantagem, mas perdeu alguns pontos em relação ao rival em São Paulo, onde aparece com 7 pontos a mais, e no Rio, estado em que os dois candidatos estão empatados tecnicamente.

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