Em centenas de cidades pelo país, e também no exterior, milhares de pessoas estão nas ruas neste neste sábado (2) pressionando pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a cientista política e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Rosemary Segurado, estes atos demonstram que “o Brasil não aguenta mais”.
Ela comemorou a unidade construída em torno da jornada pelo Fora Bolsonaro, que inclui a participação de 21 partidos, centrais sindicais e diversos movimentos sociais e organizações de direitos humanos.
“Essa unidade é muito bem-vinda”, disse Rosemary durante a cobertura especial das manifestações na TVT.
“Outros atos devem ocorrer, além de diferentes iniciativas no sentido de pressionar a Câmara dos Deputados. Os parlamentares, por sua vez, devem pressionar o presidente da Câmara Arthur Lira, que hoje é o dono do Brasil. Ele tem nas suas mãos mais de 160 pedidos de impeachment, já perdi as contas. E as ruas estão dando esse recado.”
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A cientista política citou as quase 600 mil vítimas da gestão negacionista adotada pelo governo Bolsonaro durante a pandemia, além do avanço do desemprego, da miséria e da fome como as principais causas que movem os manifestantes.
“A indignação é ver um presidente que não toma nenhuma medida a favor do povo, para diminuir esse sofrimento. Ao contrário, todas as suas ações acabam agudizando ainda mais esse quadro”, afirmou.
Além disso, a política de devastação ambiental promovida pelo atual governo é destaque nas manifestações que ocorrem fora do país.
“Os estrangeiros estão muito sensibilizados com o que vem acontecendo no Brasil. Principalmente, em relação à questão ambiental, pelo significado que o Brasil tem, não só pela Amazônia e o Pantanal, mas diversas outras regiões. Estamos vendo que o Fora Bolsonaro não é só do Brasil, pelo que esse tipo de político representa para mundo.”
Para a cientista política, as manifestações no exterior também são um recado em defesa da democracia brasileira e indicam que a comunidade internacional quer um presidente que respeite a população brasileira, “que faça políticas para diminuir, e não aumentar, o sofrimento das pessoas”.
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Publicado originalmente na Rede Brasil Atual