Com o orçamento nas mãos de Arthur Lira, o Congresso tem rejeitado em peso o impeachment de Jair Bolsonaro. Deputados e senadores dizem que não há razões para retirar o presidente. Avaliam, ainda, que as chances de que ele seja afastado são muito baixas.
Oito em cada dez líderes das casas legislativas descartam o impeachment, segundo levantamento do Congresso em Foco. 77,78% dos parlamentares consideram que é difícil que um processo avance na Câmara dos Deputados.
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Lira tem controle do Orçamento
Avaliação de parlamentares ocorre ao mesmo tempo em que o presidente da Câmara tem nas mãos o Orçamento de 2022. É tarefa de Lira pautar e negociar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Ela estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte. É nela que os poderes vedam e limitam despesas, autorizam aumento de gastos e regulamentam transferências de entes públicos e privados.
Os valores serão controlados por Arthur Lira. Vale lembrar que em julho o deputado criou um “sistema de castas” para distribuir R$ 11 bi em emendas parlamentares. O controle do Orçamento e acordos têm consolidado o poder de Lira na casa legislativa. Conforme afirmou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao Estadão, ele “tem muita influência sobre os líderes partidários e é muito obstinado nas pautas em que acredita”.