
A rejeição em primeiro turno da PEC 05/2021, que aumenta o peso do Congresso na escolha de integrantes do CNMP, marcou uma das maiores derrotas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A votação ocorreu nesta quarta (20) e 297 foram favoráveis a proposta, enquanto 182 contra. Só que, para a PEC passar, eram necessários 308 votos no mínimo.
O presidente da Câmara saiu muito irritado com a votação e não vai deixar a situação “barata”. Um assessor de Lira revelou ao DCM que o bolsonarista está “furioso e não vai perdoar” os deputados que votaram contra. “ele deixou claro que a PEC era um projeto pessoal dele”, afirmou.
O assessor deixou claro também que Lira “já avisou que as emendas vão secar no ano eleitoral”.
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“Jogo só termina quando acaba”, diz Lira
Ele já avisou para articuladores que seu desejo prevalecerá. E os trabalhos para que a PEC saia do papel seguirão. Após ser previamente derrotado, Lira afirmou que há possibilidades regimentais para uma nova análise do texto.
“Nós temos um texto principal, temos possibilidades regimentais. Vamos analisar o que mudou em três votações para fazer uma análise política. O jogo só termina quando acaba”, disse Lira.
Uma nova votação acontecerá em outra sessão. Os deputados vão apreciar o texto original. É preciso que 308 parlamentares votem sim, em dois turnos, e depois o projeto é avaliado no Senado. Caso os senadores aprovem, aí a PEC entrará em vigor.