Bolsonarismo é assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda faz o giro de notícias. Entrevista com Marcelo Uchôa e o delegado Alexandre Saraiva. Moderador: Décio Nogueira. Veja o DCM TV.
Para Alexandre Saraiva, delegado afastado após dez anos de serviço, a Polícia Federal passa por seu “momento mais tenebroso”. Ele foi retirado da superintendência da instituição por pedir ao STF que abrisse um inquérito contra Ricardo Salles.
O novo superintendente da polícia, Joaquim Leite, “é um fantoche”, diz. Saraiva afirmou à Carta Capital que cortaram o acesso dos policiais ao sistema mais importante utilizado por eles. “É a mesma coisa que você deixar a PM sem acesso ao sistema do Detran para checar se um carro é roubado ou não”, explica.
Para ele, isso dificultou as operações contra extração ilegal de madeira. “Foi uma medida brutal”, avalia.
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Delegado que investigava Salles foi afastado, diz Saraiva
O delegado que estava conduzindo a Operação Akuanduba, que mirava Ricardo Salles, foi afastado. A investigação tratava da exportação de madeira ilegal. Saraiva diz que que as mudanças na corporação não ocorreram de forma natural. Ele ainda sinaliza indica interferência política no caso.
Questionado como ocorreu seu afastamento, o delegado afirmou:
Foram duas coisas. Primeiro, estava mudando o diretor-geral da PF. Quando isso ocorre, é natural que alguns superintendentes mudem. Mas não é comum da forma como ocorreu, tirando um dos mais antigos de uma superintendência e rebaixando de função. No caso, eu era o mais antigo, estava há dez anos no posto. Antes, existia uma política velada na PF: mesmo alguém pedindo para sair de um posto, se tivesse qualquer tentativa de interferência política por fora, essa pessoa não era trocada, para sinalizar que não havia possibilidade de intervenção. Parece que isso mudou, e minha substituição foi inoportuna”.