Lula em Manaus: ‘Emprego, estudo e harmonia são sagrados para as famílias’

Atualizado em 1 de setembro de 2022 às 9:41
Multidão em comício de Lula em Manaus
Foto: Ricardo Stuckert

Por Tiago Pereira

Em comício na noite desta quarta-feira (31) em Manaus, o candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que quer voltar à presidência para que o Brasil volte a ter políticas públicas que estimulem desenvolvimento e oportunidades para a população. E, desse modo, promover a pacificação do país. “Não tem nada mais sagrado do que uma família ter emprego, estudo e harmonia. Para que a gente possa viver uma vida de amor, e não de ódio. Uma vida de progresso, e não de destruição, que é o que está acontecendo nesse país.”

O ex-presidente também afirmou também que, apesar de o povo reconhecer as conquistas dos governos petistas anteriores, ainda assim “foi muito pouco”, diante das necessidades do povo brasileiro. Por essa razão, completou, quer voltar a ser presidente para “fazer mais” do que nos seus dois mandatos anteriores. Em seguida, criticou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL): “Se um tenente expulso do Exército não tem coragem de tratar o povo com respeito, o metalúrgico vai voltar e vai cuidar da gente do nosso país”.

Ao lado do senador Eduardo Braga (MDB), candidato ao governo do Amazonas, e do candidato à reeleição no Senado, Omar Aziz (PSD), Lula participou do grande ato Todos Juntos pelo Amazonas, que voltou a reunir milhares de pessoas no Espaço Via Torres. A organização do evento não divulgou estimativa de público.

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Lula em Manaus; Foto: Ricardo Stuckert

Cidadania plena

Em seu discurso no evento de Manaus, Lula prometeu recriar o Ministério das Mulheres. Durante o seu governo, a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres ganhou status de ministério. Porém, após o golpe do impeachment contra Dilma, o governo Temer extinguiu a pasta.

Do mesmo modo, Lula também reafirmou que pretende criar o “Ministério dos Povos Originários“, para elaborar políticas voltadas às populações indígenas. “A gente vai respeitar a nossa Amazônia, a nossa floresta. Não haverá mais garimpo ilegal nesse país, nem desmatamento ilegal. Não haverá mais invasão nas terras indígenas”, garantiu. E alertou que um “fazendeiro responsável” não invade, não incendeia, nem desmata, sob pena de perder mercados no exterior.

Lula se reúne e entidades e movimentos sociais em Manaus
Foto: Ricardo Stuckert
Lula e um Angelim Pedra de 350 anos
Foto: Ricardo Stuckert

Zona Franca em xeque

Eduardo Braga, que governou o Amazonas entre 2003 e 2010, mesmo período que Lula foi presidente, ressaltou a parceria. Disse que naqueles anos, viu as políticas públicas do governo federal e do estado combatem a fome e a pobreza com sucesso, ao mesmo tempo que promoveram o avanço das taxas de emprego. Relatou que no ano 2010 a Zona Franca de Manaus chegou a ter 134 mil empregos diretos. Atualmente, são pouco mais de 100 mil, segundo o ex-governador.

Por outro lado, criticou o atual governo por ações que fragilizam a Zona Franca de Manaus. “Toda vez que a gente consegue melhorar um pouquinho, vem um decreto do presidente Bolsonaro para tentar destruir a Zona Franca e tirar os nossos empregos, criando insegurança jurídica”. E completou afirmando que Lula é garantia de “segurança jurídica” para atrair mais investimentos para a região.

Braga também criticou a atual paralisia das obras de infraestrutura na capital manauara. “Não temos um hospital novo na zona norte, na zona leste. Não se constrói uma maternidade nova em Manaus há muitos anos. Enquanto isso, estamos vendo nossos filhos e nossos pais sem vagas nos hospitais. Mães que não conseguem ser atendidas nas maternidades”.

Ele ressaltou ainda que a fome “voltou a bater nos lares das pessoas”, diante de uma inflação que classificou como “impiedosa”. Ele relatou que as populações do interior do Amazonas estão pagando mais de R$ 150 pelo botijão de gás, e mais de R$ 10 pelo litro da gasolina. E denunciou como manobra eleitoreira o auxílio emergencial de R$ 600 que o atual governo aprovou, mas que só vale até o final do ano.

Vacinas

Omar Aziz, que foi presidente da CPI da Covid, no Senado, disse que foram os trabalhos da comissão que obrigaram Bolsonaro a comprar vacina para a população. “Mas para isso acontecer, 14 mil amazonenses morreram. Quase 700 mil brasileiros morreram. Foi isso o que aconteceu nesse país. Mas nós vamos mudar essa história”.

O senador também ressaltou a biografia do ex-presidente Lula, que nasceu numa família pobre. E que, em função de conhecer a realidade da vida dos pobres brasileiros é que Lula criou programas como o Minha Casa Minha Vida e o Luz para Todos. “Lula não está aqui para andar de moto, para passear. Lula está aqui para dizer que há esperança no Brasil e no Amazonas”, completou o ex-governador de Manaus.

Confira vídeos e fotos do comício:

Texto originalmente publicado no SITE da Rede Brasil Atual.

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