A última pesquisa do Datafolha revela que maioria leva a sério ataques de Bolsonaro à democracia, mas não acredita em golpe. O levantamento foi realizado nas últimas quarta (27) e quinta (28) e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Para 56% dos entrevistados, Bolsonaro fala para valer quando ataca a segurança das urnas eletrônicas e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por exemplo. Já 36% acham que suas declarações não trarão consequências, e 8% não souberam avaliar.
Ainda em maio, a mesma questão foi posta pelo instituto. A preocupação com as falas apresentou-se maior entre aqueles 47% que dizem votar no principal adversário de Bolsonaro, Lula (PT). Entre eles, 61% veem o discurso do mandatário como algo sério, enquanto 33% não o fazem. Já entre os 28% que declaram voto no presidente, 50% consideram as ameaças algo que merece atenção, enquanto 40% as descartam.
Ao mesmo tempo, o brasileiro não crê na possibilidade de um golpe; 56% afirmam não ver chance de isso acontecer, enquanto 37% acreditam que Bolsonaro pode ir em frente com suas ameaças.
Para o contingente que declara voto bolsonarista, 90% não acredita no golpe, e apenas 6% vê o presidente agindo. Já 58% do eleitorado lulista acredita em uma ação golpista, e 35% a descarta.
Dentre aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos, 63% veem com preocupação a campanha, e 70% descartam o golpe.
Entre os mais escolarizados, com nível superior, a avaliação da ameaça é numericamente maior do que a do restante da população – 60% – e o de que não haverá ação golpista, também superior: 62%.
A pesquisa do Datafolha, encomendada pela Folha de S.Paulo, tem o número BR-01192/2022 no registro do TSE, e ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do país.
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