Um grupo de médicos enviou um pedido ao Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitando a abertura de um processo ético-profissional contra o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os autores do documento disseram que “a representação de denúncia se fundamenta na interpretação do Código de Processo Ético Profissional da Medicina”.
O grupo alega que houve uma ação lenta do ministro para a rápida execução do processo de vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade. Houve ainda a realização de uma consulta pública online sobre o tema. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já tinha aprovado, em 16 de dezembro, o uso da vacina Pfizer-BioNTech na faixa etária das crianças. Entretanto, o governo federal decidiu adiar a execução da decisão, incluindo ameaças de Bolsonaro a servidores da agência.
O documento é assinando pelo Conselho Honorário, “composto pelos secretários municipais de Saúde que exerceram a função de Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems/SP) ao longo dos mais de 30 anos de sua existência”.
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Queiroga questionou segurança da vacina em crianças
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, questionou a segurança da vacina para aplicação em crianças. Tal afirmação foi considerada pelo grupo como “inverdade que contraria absolutamente ao que se observou em milhões de doses desta vacina já aplicadas nessa faixa etária em outros países, inclusive nos EUA e países da Europa”. O conselho também julgou desnecessária a realização de uma audiência pública sobre o tema, e que o ministro atendia a interesses ideológicos do governo.
Até o fim de janeiro, cerca de 3,7 milhões de doses pediátricas chegarão ao Brasil. Espera-se que durante o semestre sejam entregues 20 milhões de doses, o suficiente para a vacinação das crianças.
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