A esparrela em que Paulo Skaf meteu a Febraban e de resto a elite do país jogou no telhado – de novo – a articulação para que Geraldo Alckmin se filie ao PSD de Gilberto Kassab para a disputa do governo de São Paulo.
Skaf faz parte do pacote que embala no mesmo grupo Geraldo, Kassab, Temer e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, uma especie de garoto do recados do ex-presidente que usurpou o poder após o golpe contra Dilma.
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Auxiliares de Geraldo confirmam que o tucano não consegue ter um diálogo efetivo com Kassab e Temer. E que a situação piorou com o rompante adesista de Skaf de mexer no texto da Febraban e, pior, contar tudo ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Skaf era cotado tanto para a posição de vice na chapa de Geraldo quanto para disputar o senado pelo condomínio.
Indeciso, Geraldo sabe que a saída do PSDB pode ser a pá de cal em suas pretensões de conquistar cargos no Executivo.
No partido, já foi sugerido que ele disputasse uma vaga ao senado e até a deputado federal – neste caso, teria mais chances.
O receio de Geraldo em se aliar ao condomínio Kassab-Temer-Skaf é a mídia.
Nenhum dos 3 conta com apoio, muito menos simpatia, da fatia mais tradicional da elite de São Paulo, a qual a imprensa paulista representa e que tem entre líderes e financiadores os banqueiros.
Geraldo está aceitando o ocaso político
Geraldo já falou até com o PSL, mas não estranhe se ele acabar ficando no PSDB mesmo. Hoje essa é a maior probabilidade, segundo o DCM apurou com militantes próximos à cúpula do partido.
Já ouviu aquele ditado ‘se não tem tu, vai tu mesmo’?
Por fim, um detalhe: o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, com fortes chances de chegar ao segundo turno, é o vice-governador Rodrigo Garcia, carne e unha com Kassab e Temer e recém filiado ao partido dos tucanos.
Geraldo é carta fora do baralho faz tempo e Skaf com suas atrapalhadas só ajuda a piorar as coisas para o ex-governador.