Linha 6 do metrô: Empresa pegou dinheiro do BNDES e foi acusada de corrupcão

Obra do metrô que abriu cratera na Marginal Tietê conta com investimento total de R$ 17 bilhões e é operada por grupo espanhol

Atualizado em 2 de fevereiro de 2022 às 22:02
Cratera ao lado do metrô
Uma cratera abriu na pista local da Marginal Tietê em obras do metrô. Foto. Reprodução

O grupo espanhol Acciona, responsável pelas obras da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo, já pegou um empréstimo bilionário do BNDES e foi acusado de corrupção. O conglomerado opera em 60 países e está no Brasil há mais de 25 anos.

Nesta terça (01), uma cratera abriu na pista local da Marginal Tietê, em São Paulo. O acidente aconteceu no trecho onde ocorriam obras da linha 6-Laranja do metrô. Em outubro do ano passado, o governador de São Paulo, João Doria, anunciava a retomada das obras da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo.

Através de uma PPP, o governo Doria contratou o grupo espanhol para concluir as obras, num negócio anunciado inicialmente em R$ 17 bilhões. R$ 7 bilhões, 41% do valor contratado, veio do BNDES. A operação está entre as dez maiores do BNDES em todos os tempos.

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Empresa responsável por Linha 6 do metrô foi acusada de corrupção

No momento da contratação, Doria não comentou que Acciona é um grupo corrupto, envolvido em vários escândalos, entre eles o chamado Caso Plaza. Em fevereiro passado, a construtora Acciona comprometeu-se a pagar 60 milhões de euros ao governo para saldar a sua responsabilidade civil subsidiária no escândalo.

Não é corriqueiro em países desenvolvidos bancos públicos de fomento financiarem empresas envolvidas em roubalheira. No Brasil, não só não é corriqueiro, como é critério decisório adotado pelo próprio BNDES na liberação de crédito. Qualquer empresa brasileira está sujeita a um termo de compromisso.

Acciona não precisou apresentar nenhuma fiança bancária e, agora, com o acidente durante a obra, nada acontecerá, pois o grupo não teve que entregar patrimônio algum.

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