Neste sábado (16), milhares de pessoas foram às ruas de Roma para pedir fim ao governo ações contra grupos neofascistas envolvidos nos protestos violentos contra o passaporte de vacinação.
Na semana passada, a polícia prendeu 12 pessoas, incluindo líderes do partido de extrema direita Força Nova, após milhares irem às ruas contra o “Passe Verde”, agora obrigatório a todos os trabalhadores.
Na ocasião, 38 agentes de segurança ficaram feridos e alguns grupos romperam barreiras policiais para chegar ao gabinete do premiê Mario Draghi, enquanto outros invadiram a sede do maior sindicato da Itália, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL). Com informações da Folha.
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Protesto em Roma
Muitos dos que participaram dos atos levaram bandeiras da CGIL enquanto marchavam até a praça San Giovanni, um lugar associado historicamente à esquerda italiana.
Criado em 1997, o Força Nova é repetidamente acusado de usar violência contra imigrantes e policiais. Ao lado da sigla CasaPound, o partido é a principal organização neofascista em atividade na Itália.
No dia seguinte aos episódios de violência da semana passada, a legenda de centro-esquerda Partido Democrático apresentou uma moção no Parlamento pedindo ao governo de Draghi que dê um fim ao Força Nova e a todos os movimentos políticos de inspiração facista.
Organizadores dos protestos estimam que entre 50 mil e 60 mil pessoas tenham participado das manifestações. E, como costuma acontecer, os líderes das organizações envolvidas afirmam que a cifra foi ainda maior. Para Pierpaolo Bombardieri, chefe da CISL, a presença foi superior a 100 mil.