Miliciano mais procurado do RJ, Zinho se entrega à PF

Atualizado em 25 de dezembro de 2023 às 7:35
O miliciano Zinho. Foto: Reprodução

Na tarde deste domingo (24), o líder da principal milícia no estado do Rio de Janeiro, Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, entregou-se à Polícia Federal após estar foragido desde 2018. Ele enfrentava 12 mandados de prisão.

Após negociações, Zinho compareceu à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. De acordo com a PF, a prisão foi formalizada “após tratativas entre os patronos do miliciano com a instituição e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro”.

Nos últimos meses, a PF conduziu diversas operações para capturar o miliciano. Após a prisão, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, transferido para o sistema prisional estadual.

Na última declaração no contexto da Operação Dinastia 2, em 19 de dezembro, a defesa refutou que Zinho fosse o chefe da milícia, alegando uma suposta “total anemia probatória” contra ele. Contudo, segundo comunicados da Polícia Federal, a prisão do miliciano neste domingo ocorreu após negociações entre a defesa, a PF e a Secretaria de Segurança do Rio.

O Secretário-Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, celebrou a prisão por meio do X . “Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho”, expressou na publicação.

Zinho assumiu a liderança da milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do RJ, em 2021, dois meses após a morte do antigo líder, seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko.

Antes de se tornar o líder da milícia, ele esteve envolvido nas atividades de lavagem de dinheiro do grupo, especialmente na Baixada Fluminense.

O detido era sócio da empresa Macla Comércio e Extração de Saibro, que, segundo a polícia, obteve R$ 42 milhões entre 2012 e 2017. Outras empresas da organização criminosa eram utilizadas para a movimentação desse dinheiro.

Em 29 de agosto de 2018, a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão contra Zinho em um sítio no Espírito Santo. Na ocasião, o miliciano conseguiu fugir pela mata, mas a polícia apreendeu o celular deixado por ele no momento da fuga.

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