Militares viram alvos da extrema direita após tentativa de golpe frustrado: ‘Melancias traidores’

Atualizado em 20 de março de 2024 às 10:26
Militares com capacetes de melancia. Foto: reprodução/redes sociais

Após quinze meses da posse do presidente Lula (PT), a crise entre o Exército e a extrema direita, defensora da intervenção militar, alcançou seu ponto máximo recentemente, com a divulgação de depoimentos indicando que ex-comandantes rejeitaram um plano de golpe de Estado em 2022.

Os depoimentos do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante da Força, e de Carlos de Almeida Baptista Jr., ex-comandante da Aeronáutica, confirmaram a resistência das Forças Armadas à pressão desse grupo extremista.

Durante os últimos meses de 2022, apoiadores bolsonaristas acamparam em frente aos quartéis pelo país, pedindo a intervenção do Exército para evitar a posse de Lula. No entanto, esses apelos não foram atendidos, resultando em frustração quando o petista assumiu a presidência.

Atualmente, o Exército se tornou alvo da direita, que popularizou o termo “melancia” para se referir aos militares, associando a fruta às cores da farda da corporação (verde por fora) e ao comunismo (vermelho por dentro, em referência ao PT).

Desde a posse de Lula, simpatizantes do ex-capitão que clamavam pelo retorno dos militares ao poder têm criticado a postura da instituição em suas postagens nas redes sociais, além de despejarem com mais intensidade suas mágoas.

Até dezembro de 2022, ainda havia teorias da conspiração sobre uma possível ação das Forças Armadas para impedir a posse de Lula. A falta de intervenção do Exército foi considerada uma “traição” pelo grupo autodenominado patriota.

No último sábado (16), o número de comentários no X, antigo Twitter, foi tão significativo que os termos “covarde” e “traidor” figuraram como uns dos mais citados e foram parar nos Trending Topics da plataforma.

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