Ministros do STF avaliam que as chances de Bolsonaro escapar da prisão são pequenas

Atualizado em 9 de novembro de 2023 às 8:01
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

No decorrer deste ano, diante das várias investigações em andamento relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm revisto sua perspectiva quanto a uma possível prisão do ex-mandatário. A informação foi divulgada pelo colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

Se, em janeiro, a análise inicial apontava para o risco de uma prisão perturbar o cenário político nacional e fortalecer sua base de apoio, a avaliação atual sugere que as chances de Bolsonaro escapar de uma punição são agora reduzidas.

Quatro magistrados no STF acreditam que, com base nas evidências tornadas públicas, como a falsificação de cartões de vacina, posse de joias da Arábia Saudita e, especialmente, as suspeitas de envolvimento direto de Bolsonaro em um suposto golpe de Estado, “é muito difícil” que o ex-presidente receba uma pena que mantenha sua liberdade.

Mesmo com as preocupações levantadas pelo subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos sobre a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, os ministros do STF receberam informações de que a Polícia Federal (PF) avançou nas investigações relacionadas aos eventos descritos pelo militar.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Vale destacar que Santos classificou a delação do tenente-coronel como “fraca”. Ele considera que a delação de Mauro Cid inclui somente “narrativas” do militar e que é necessário aprofundar as investigações para que elas resultam na apresentação de denúncia contra Bolsonaro.

No âmbito do STF, a expectativa é que a PF conclua sua investigação sobre o suposto envolvimento do ex-presidente em um plano golpista para impedir a posse de Lula (PT) em cerca de três meses. Este é considerado o caso mais sério e que, de acordo com os ministros do tribunal, poderia resultar na prisão de Bolsonaro.

Além disso, os ministros mantêm a opinião de que, atualmente, não existem elementos que justifiquem uma prisão preventiva do ex-chefe do Executivo, defendendo que ele deve ter todas as garantias legais asseguradas nos processos que enfrenta.

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