Moraes determina retorno imediato de Roberto Jefferson à prisão

Atualizado em 13 de outubro de 2021 às 20:52
Roberto Jefferson faz gesto da “arminha” com as mãos, a exemplo de Jair Bolsonaro. – Foto; Andressa Anholete/Getty Images

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou o pedido da defesa e manteve nesta quarta-feira (13) a prisão preventiva do bolsonarista Roberto Jefferson. Moraes havia autorizado em setembro a transferência do político para o hospital Samaritano da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde passou por um cateterismo. Agora, o ministro determinou o seu retorno imediato à unidade prisional.

“Diante do exposto, comprovada a efetiva alta hospitalar, determino o imediato retorno de Roberto Jefferson Monteiro Francisco à unidade prisional em que se encontrava custodiado, devendo o Hospital Samaritano Barra enviar a documentação pertinente imediatamente a esta Corte. o custodiado deverá ser escoltado pela Polícia Federal, com a devida retirada da tornozeleira eletrônica”, diz trecho da decisão de Moraes.

Roberto Jefferson foi detido no complexo prisional Bangu 8 há cerca de dois meses por ameaçar ministros da Suprema Corte. Durante sua audiência de custódia, ele pediu que sua prisão fosse convertida em domiciliar por causa de problemas de saúde.

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Monitoramento eletrônico

Mais cedo, a defesa de Roberto Jefferson afirmou ao Supremo que não houve descumprimento das restrições impostas ao uso do monitoramento eletrônico. A manifestação se deu após Moraes dar prazo para que a defesa explicasse supostas violações.

“Não há falar-se em rompimento de cinta, a qual somente foi retirada para a realização dos exames, conforme previamente autorizado e constatado no próprio documento. A maior parte dos registros das supostas violações apontadas no relatório muito provavelmente se deram pelo fato de o peticionante estar constantemente dentro de um hospital, razão pela qual o GPS tenha apresentou mau funcionamento a partir de perdas de sinal ou outras anomalias”, disse a defesa.