Moro nem começou a pré-campanha e já está fugindo da opinião pública.
Neste sábado, pediu para que a imprensa não se aproximasse dele durante a passagem pelo congresso do MBL, em São Paulo.
Segundo o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o espaço onde o ex-juiz da Lava Jato se encontrava foi bloqueado para que Moro não desse entrevistas durante o evento.
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Moro estava acompanhado da filha, do genro, do marqueteiro Fernando Vieira e da deputada federal Renata Abreu, dona do Podemos.
Com exceção de Moro os demais políticos que passaram pelo evento falaram com jornalistas: João Doria, Eduardo Leite e Luiz Mandetta são exemplos.
Moro espera contar com apoio do MBL em 2022 se é que vai mesmo concorrer à presidência.
Pelo andar da carruagem, tendo dor de barriga já na largada, difícil imaginar que consiga levar a aventura até o fim.
Desmoralização da Lava Jato na Europa
Neste sábado, em entrevista exclusiva ao DCM, o cientista político Gaspard Estrada, moderador da conferência de Lula no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), explicou o motivo da narrativa da Lava Jato ter sido derrotada na Europa.
“Penso que a narrativa da Operação Lava Jato foi minada consideravelmente”, disse Estrada.
“Em primeiro lugar, porque a própria justiça brasileira afirmou que os julgamentos emblemáticos dessa operação foram parciais, que não foram conduzidos conforme as regras do direito. Desse ponto de vista, a justiça brasileira emitiu um ponto de vista bastante raro, que reforça seu peso.
Assim sendo, assistimos a uma descredibilização midiática, considerando que o ex-juiz Moro é hoje pré-candidato à presidência da República, o que reforça a análise que havia sido feita pelo advogado do ex-presidente Lula, que havia sempre afirmado que as intenções do juiz Moro eram eleitorais e que não tinham um objetivo judiciário”.