Moro tem dor de barriga e foge da imprensa em evento do MBL

Atualizado em 20 de novembro de 2021 às 22:22
Sergio Moro em discurso no evento de filiação
Sergio Moro em discurso no evento de filiação. Foto: Reprodução

Moro nem começou a pré-campanha e já está fugindo da opinião pública.

Neste sábado, pediu para que a imprensa não se aproximasse dele durante a passagem pelo congresso do MBL, em São Paulo.

Segundo o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o espaço onde o ex-juiz da Lava Jato se encontrava foi bloqueado para que Moro não desse entrevistas durante o evento.

LEIA mais:

1. ‘Intenções de Moro eram eleitorais’: cientista político francês fala ao DCM sobre Lava Jato e a visita de Lula à Europa

2. Genro de Silvio Santos não explica relação com fuga do guru Olavo de Carvalho em avião da FAB

3. Por que o Brasil está destinado a sair de pária para protagonista global

Moro estava acompanhado da filha, do genro, do marqueteiro Fernando Vieira e da deputada federal Renata Abreu, dona do Podemos.

Com exceção de Moro os demais políticos que passaram pelo evento falaram com jornalistas: João Doria, Eduardo Leite e Luiz Mandetta são exemplos.

Moro espera contar com apoio do MBL em 2022 se é que vai mesmo concorrer à presidência.

Pelo andar da carruagem, tendo dor de barriga já na largada, difícil imaginar que consiga levar a aventura até o fim.

Desmoralização da Lava Jato na Europa

Neste sábado, em entrevista exclusiva ao DCM, o cientista político Gaspard Estrada, moderador da conferência de Lula no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), explicou o motivo da narrativa da Lava Jato ter sido derrotada na Europa.

“Penso que a narrativa da Operação Lava Jato foi minada consideravelmente”, disse Estrada.

“Em primeiro lugar, porque a própria justiça brasileira afirmou que os julgamentos emblemáticos dessa operação foram parciais, que não foram conduzidos conforme as regras do direito. Desse ponto de vista, a justiça brasileira emitiu um ponto de vista bastante raro, que reforça seu peso.

Assim sendo, assistimos a uma descredibilização midiática, considerando que o ex-juiz Moro é hoje pré-candidato à presidência da República, o que reforça a análise que havia sido feita pelo advogado do ex-presidente Lula, que havia sempre afirmado que as intenções do juiz Moro eram eleitorais e que não tinham um objetivo judiciário”.