Moro parabeniza Barra Torres por fazer o que ele nunca fez com Bolsonaro

Atualizado em 8 de janeiro de 2022 às 22:47
O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

Desde que assumiu o ministério da Justiça, em janeiro de 2019, até abril do ano seguinte, quando deixou o governo, o ex-juiz parcial Sergio Moro não fez outra coisa senão defender e atuar em favor de Bolsonaro.

Defendeu o ex-chefe inclusive em esquemas de escândalo do corrupção, seja envolvendo os filhos do mandatário, no caso da rachadinha, ou sobre suspeitas de irregularidades envolvendo integrantes do governo.

Moro se notabilizou em sua passagem pelo ministério por se igualar a outros ministros da Justiça que atuavam como advogados do mandatário de plantão ou de colegas da Esplanada.

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O mesmo argumento foi repetido tanto no caso Queiroz — assessor de Flávio Bolsonaro investigado de gerenciar uma ‘rachadinha’ de salários no gabinete do filho do presidente, entre outras irregularidades— quanto no caso do laranjal do PSL: sempre uma crítica aos antecessores e, especialmente, ao PT.

Caso Queiroz

“Eu sei que no passado houve ministros da Justiça que se sentiam à vontade como se fossem advogados de posições ou membros do governo. Eu acho que isso não cabe ao ministro da Segurança Pública e da Justiça”, disse Moro num comentário sobre o caso Queiroz.

Agora desafeto do ex-chefe, pré-candidato à presidência, Moro mudou de  postura e passou a tecer comentários ácidos em relação ao capitão.

No noite deste sábado, foi ao Twitter elogiar o presidente da Anvisa, Antônio Barra, que pediu retratação de Bolsonaro após ter sua dignidade posta em xeque.

“Não há nada mais admirável do que as pessoas que se opõem ao poder de governantes arbitrários”, escreveu Moro. “Há uma longa tradição de coragem que construiu nossas liberdades. Parabéns ao Almirante Barra Torres por defender a sua honra e o direito dos brasileiros de vacinarem seus filhos”.

Então, tá.

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