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Complica-se a vida de Sergio Moro, o ex-juiz sem rumo, acusado de usar verbas de um partido para se filiar a outro e escapar do vexame que seria sua candidatura a presidente, se levada até o fim.
Agora, o problema dele é com dinheiro. Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o ex-candidato a presidente precisa devolver o que recebeu de verbas públicas do fundo partidário do Podemos, onde ficou por apenas cinco meses, saltando fora e se transferindo para o União Brasil.
Pimenta entrou com ação popular encaminhada à Justiça Federal em Santa Maria, para que a União seja ressarcida.
O deputado lembra que Moro usou os recursos para uma candidatura improvável à presidência, quando na verdade trabalhava para ganhar exposição e ser candidato a deputado.
A ação destaca que Moro “obrou de forma ardilosa e premeditada no sentido de se valer de recursos públicos única e tão somente para fins de promoção pessoal, já que nem ficou filiado ao Podemos”.
Moro, diz a ação, chegou a viajar a São Paulo para anunciar que abandonaria o Podemos e se filiaria ao União Brasil, usando verba do fundo partidário da agremiação que estava desprezando.
Pimenta pede que os dirigentes do partido também sejam responsabilizados, se não provarem que não colaboraram “ativamente para o desvio de finalidade”.
Os advogados que entraram com ação em Santa Maria, domicílio de Pimenta, são Marcelo Gayardi Ribeiro, Marcio Medeiros Felix e Christine Rondon Teixeira.
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Os gastos de Moro em campanha eleitoral
O próprio Podemos, que teria sido lesado com a fuga do ex-juiz para outro partido, deve calcular o que gastou com Moro, e a Justiça deve pedir ressarcimento aos cofres públicos.
As estimativas são de que o partido gastou mais de R$ 3 milhões com a encenação da pré-campanha do ex-juiz como nome mais forte da farsa da terceira via.
Além disso, Moro teve salário mensal de R$ 22 mil. E o custeio de viagens pelo Brasil e o Exterior, hospedagens e manutenção de equipe de comunicação.
As estimativas do próprio partido são de que teriam sido gastos ainda R$ 248 mil em segurança privada e R$ 600 mil em pesquisas de intenção de voto. Tudo verba pública.
(Originalmente publicado em JORNALISTAS PELA DEMOCRACIA)