Mourão diz que é ‘desproposital’ militares não aceitarem Lula

"As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma"

Atualizado em 9 de março de 2022 às 10:27
Lula e Mourão
Lula e Mourão. Foto: Wikimedia Commons

O jornalista Igor Gadelha entrevistou o vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão. O militar falou a respeito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal concorrente do presidente Jair Bolsonaro (PL). E diz que é “desproporsital” o ataque de militares ao ex-presidente.

O Metrópoles perguntou ao vice se há espaço para terceira via, sem ser Lula ou Bolsonaro. “Hoje, o que se indica é que os dois candidatos são os que estão com mais capacidade de se apresentarem para o hipotético segundo turno.

O presidente Bolsonaro vem recuperando terreno nessas últimas pesquisas, mas, face ao número de pessoas que dizem não votar nem em um nem no outro, sempre existe a possibilidade de aparecer alguém que empolgue esse eleitorado e, consequentemente, seja um terceiro candidato capaz de mudar o cenário. Mas hoje acho difícil”, respondeu.

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Militares, Lula e Mourão

O site questionou se as Forças Armadas vão respeitar eventual vitória do ex-presidente Lula. Diz o vice: “Isso é algo totalmente desproposital. As Forças Armadas têm se mantido dentro dos limites dos deveres constitucionais dela, têm agido dessa forma ao longo de todo esse período, desde o término do período de presidentes militares”.

E completa: “as Forças Armadas não se meteram em nenhum processo eleitoral. Fomos aí, ao longo de 12 anos, 13 anos, governados pela esquerda, pelo PT, sem problema nenhum”.

Perguntado se alguém do PT ou próximo do ex-presidente Lula já o procurou, ele é direto: “não, comigo não. Nada. Zero”. E o Metrópoles questiona se Bolsonaro o comunicou oficialmente que não será o vice dele neste ano. “Eu subentendi. Porque preto no branco, ele nunca chegou, sentou comigo, como nós estamos conversando aqui, olho no olho e disse: não vai ser você, por isso, por isso, por isso”.

E ele vai além na explicação: “Subentendi pelas manifestações dele, por alguns comentários que ele me mandou algumas vezes pelo ‘zap’ (sic) e, na última vez, quando vieram aqui o Ciro Nogueira e o Flávio Bolsonaro, para que eu me definisse se iria pelo Rio.

Quando o cara vem me dizer que é para eu me definir se é pelo Rio, é porque eu estou fora do… A mensagem estava bem clara”.

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