MP pede condenação de bolsonaristas que colocaram bomba perto do aeroporto de Brasília

Atualizado em 10 de abril de 2023 às 17:56
Empresário George Washington de Oliveira Sousa sendo preso. Foto: Reprodução

O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) pediu a condenação de dois bolsonaristas acusados de envolvimento na tentativa de explosão de bomba em caminhão-tanque de combustível no aeroporto de Brasília. A promotora de Justiça Vera Gomes afirma que a ação tinha como objetivo “criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”. A informação é do g1.

George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza são réus na Justiça do DF pelo caso. Os dois primeiros estão presos e, no fim do mês passado, o juiz Osvaldo Tovani negou um pedido de revogação das prisões preventivas por entender que há risco para a ordem pública.

O MP quer que Alan e George sejam presos por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão, além de multa.

O órgão argumenta que a pena deve ser aumentada em um terço por ter sido cometido tendo como alvo um depósito de combustível. O MP ainda quer a condenação de George por porte ilegal de armas e por posse de arma de fogo de uso restrito.

Wellington Macedo está foragido e a análise de seu caso está suspensa.

“O plano dos réus era mesmo colocar o artefato perto do aeroporto, plano, aliás, que foi relatado por George Washington em conversa com vizinhos, conforme informação obtida pelos órgãos de inteligência e relatado pelas testemunhas policiais em juízo. O objetivo era criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”, diz o MP.

Vera Gomes ainda acredita que a ligação de um dos acusados para a polícia não indica arrependimento, mas uma tentativa de gerar novo tumulto. “Ainda mais porque indicou, falsamente, a existência de bombas também dentro do aeroporto, indicando o propósito de desviar a atenção das autoridade”, afirma a promotora.

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