“Não chego aos pés de dona Elis”, diz Maria Rita

Cantora fez longo desabafo sobre críticas que recebeu por gravar álbum em homenagem a mãe

Atualizado em 12 de janeiro de 2022 às 20:26
Maria Rita e Elis Regina
Foto: Reprodução

Maria Rita fez um longo desabafo, nesta quarta-feira (12), em suas redes sociais ao falar sobre as críticas e comparações que recebe constantemente desde que gravou um álbum em homenagem a mãe, Elis Regina, em 2012. A morte da cantora fará 40 anos no próximo dia 19 e ela voltou a ser assunto nesta semana.

Em seu Twitter, ela afirmou não ter interesse em ser igual à mãe: “Não querer que me comparem tinha — e tem — dois principais motivos: 1. ser eu, ser livre pra cometer meus erros e ter minhas conquistas, escrever uma história distinta à dela. 2. ninguém se compara à incomparável. ninguém.”

Ela também comentou que acha estranho quando a atacam para exaltar Elis. “Esse lance de exaltarem a mãe a partir de ataques à filha. Mano: faz isso não. É feio. Ninguém gostaria de passar por isso — principalmente uma mãe. A não ser que a mãe fosse meio psicopata, que definitivamente não era o caso de minha mãe. Me deixa”, disse.

Maria Rita afirmou ainda que não estaria errada caso quisesse seguir os passos de Elis. “Se quisesse: MINHA MÃE ERA F***!!! E eu estaria bem no meu direito de me inspirar nessa mulher incrível… meu direito e minha honra. Esse legado dela é o maior presente que ela me deixou”, escreveu. Confira abaixo na íntegra:

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O desabafo de Maria Rita

“Acho curioso quando dizem que têm ranço de mim porque eu dizia que não gostaria que me comparassem à minha mãe (no início da minha carreira), mas gravei um disco/dvd em homenagem a ela (10 anos depois). Não querer que me comparem tinha — e tem — dois principais motivos: 1. ser eu, ser livre pra cometer meus erros e ter minhas conquistas, escrever uma história distinta à dela. 2. ninguém se compara à incomparável. ninguém.

Outro lance que eu fico… é esse lance de exaltarem a mãe a partir de ataques à filha. Mano, faz isso não. É feio. Ninguém gostaria de passar por isso — principalmente uma mãe. A não ser que a mãe fosse meio psicopata, que DEFINITIVAMENTE não era o caso de minha mãe. Me deixa.

E sim: minha voz é mais grave e mais “suave”. Eu sou alto/contralto, minha mãe alto/soprano. Vale dar uma estudada pra entender que, por causa disso, nossas extensões são diferentes. (Mas tem maestro que diz que minha extensão é incrível…)

Pr’além disso: não, nossas interpretações não são iguais. E sim: as dela são e sempre serão infinitamente melhores — do que de quaisquer cantoras. Não só euzinha aqui. Né?

Continua…

E não: eu não a imito. 1. Eu NÃO LEMBRO DE MINHA MÃE. Zero. Zero lembrança. 2. Eu não cresci com youtube. Não tinham documentários. Então não a imito. 3. Quando eu subo num palco, eu SÓ PENSO naquele momento, em SOBREVIVER. foco na canção. Não penso nela. E nem em ninguém.

E pra terminar: não, eu não quero ser igual à minha mãe. Eu só quero buscar alguma paz dentro desse cenário onde a Elis é de todos, mas a mãe é minha. Aliviem, vai. Já tenho 20 anos de carreira, 8 grammys, sei la quantas turnês pelo país e o mundo…

Mas se quisesse: MINHA MÃE ERA F***!!! E eu estaria bemmmm no meu direito de me inspirar nessa mulher incrível… meu direito e minha honra. Esse legado dela é o maior presente que ela me deixou.

E prestenção: amadurece aí, porque minha mãe não merece esse nhem-nhem-nhem, não — e honestamente, nem eu. Nossa história, a minha e a dela, é tão mais maneira que isso… Ela me amava loucamente, quase pirou quando eu nasci, dizia que eu era a companheira dela… Amor de mãe!

ps.: e eu acho que eu canto para c*****o!!! Mas não chego aos pés de dona Elis. MAS E QUEM CHEGA???””

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