Não é luta de floretes, mas de porretes. Por Fernando Brito

Atualizado em 12 de outubro de 2022 às 8:23
Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sá/ AFB

Por Fernando Brito

O jogo sujo da campanha eleitoral nem dá para reproduzir por aqui, sob pena de estar entrando nele.

Mas está acontecendo e, se uma conclusão se pode tirar é a de que Jair Bolsonaro perdeu a supremacia nas redes, onde antes era imbatível.

Hoje, a campanha bolsonarista jogou um trunfo pesado, o de dizer que Lula era o candidato “dos bandidos” pelo fato de que muitas das urnas onde presos sem condenação (condenados não votam) teria vencido a eleição.

Tomou uma “invertida”, com postagens que diziam que Bolsonaro chamava de “bandidos” os 57 milhões de eleitores de Lula que a robotagem bolsonarista desistiu de ficar propagando o vídeo nas redes.

Depois, as redes foram tomadas pela discussão se é ou não verdadeiro um suposto vídeo gay do campeão de votos bolsonaristas em Minas Gerais, Nikolas Ferreira. Relevância zero, seja ou não seja veraz, mas um castigo providencial quem se elegeu com homofobia fundamentalista.

E assim vai nossa campanha eleitoral, mas com uma diferença essencial em relação a 2018.

Naquela eleição, a pancadaria abaixo da linha da cintura vinha só de um lado; agora, a extrema direita prova do seu próprio veneno e perdeu as redes abertas.

Seu último reduto são os grupos fechados e é onde ainda conseguem fazer circular mentiras como se fossem verdades.

Não é uma elegante luta de floretes, mas de porretes.

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