Ninguém levou a sério indicação de Flávio Bolsonaro ao STF, dizem aliados

Atualizado em 14 de dezembro de 2023 às 13:08
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

O convite do então presidente Jair Bolsonaro ao filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi uma “brincadeira”, segundo membros do governo anterior. O parlamentar disse ter sido consultado, em 2021, sobre seu interesse para a vaga antes da indicação de André Mendonça à Corte. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

Integrantes do governo Bolsonaro dizem que o então presidente chegou a falar algumas vezes sobre a indicação do filho ao Supremo, mas que sempre citou o tema em tom de brincadeira. Três ex-ministros relataram que ficaram surpresos com a declaração de Flávio sobre o episódio.

Eles avaliam que a ida de Flávio ao Supremo nunca foi uma proposta realmente cogitada pelo ex-presidente. Quando ainda estava no cargo e tinha algum tipo de tensão com a Corte, ele ameaçava, aos risos: “Querem sacanear comigo, vou colocar o Flávio lá”.

Flávio é formado em Direito, mas sempre atuou na esfera política. Durante a sabatina de Flávio Dino e Paulo Gonet na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o filho do ex-presidente disse que recusou o suposto convite do pai e preferiu permanecer em cargos eletivos.

“O então presidente Bolsonaro, quando da indicação do ministro André Mendonça, virou para mim e falou: ‘Flávio, o que você acha de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal?’, já que se discutia que a indicação fosse um evangélico, como ele havia prometido em campanha eleitoral”, afirmou nesta quarta (13).

Ele ainda teria aconselhado o pai a indicar Mendonça à Corte, alegando que poderia “ajudar muito mais” se permanecesse no Senado.

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