No pós-fuga, Bolsonaro não faz ideia do que fazer com Pazuello

Atualizado em 4 de maio de 2021 às 12:02
O ministro Eduardo Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Divulgação

O Palácio do Planalto conseguiu adiar a explosão do homem-bomba e se blindar na CPI da Covid.

Apesar do sucesso em adiar o depoimento de Eduardo Pazuello, que estava marcado para ocorrer nesta quarta (5), o governo Bolsonaro ainda não decidiu o que fazer com o ex-ministro.

Pazuello passou o fim de semana treinando como iria depor na comissão, deixando todas as respostas na ponta da língua.

Aparentemente não funcionou.

Foi sugerido que ele tentasse participar da oitiva de maneira remota, mas a ideia foi descartada.

Hoje, finalmente conseguiram uma boa desculpa para evitar o depoimento: suspeita de covid-19.

Por enquanto, essa é a única estratégia que deu certo, mas é paliativa.

Antes disso, o governo tentou jogar o general aos leões por meio do ex-chefe da Secom, Wajngarten.

Não colou.

Então, tentaram de novo: Queiroga tentou queimar Pazuello, culpando-o pelo atraso na segunda dose da vacina.

Também não colou, não houve 1/10 da repercussão da fala de Wajngarten.

Agora, o Planalto tenta evitar que Pazuello deponha, provavelmente temendo que ele revele algo.

Enquanto isso, Bolsonaro decide se tenta protegê-lo e se queima junto ou se abandona o cara que “obedece”.

Por enquanto, Pazuello não pretende abrir a boca, mas não se sabe até quando o ex-ministro vai aguentar tomar porrada calado.