No velório do irmão, Sâmia diz que vai “pedir acesso ao inquérito e acompanhar investigação”

Atualizado em 6 de outubro de 2023 às 13:30
Sâmia Bomfim (Psol-SP), ao lado de familiares, no velório do irmão Diego. Foto: Bruna Bonfim/g1

Na manhã desta sexta-feira (6), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chegou a Presidente Prudente (SP), sua cidade natal, para o velório de seu irmão, Diego Ralf de Souza Bomfim, vítima de um assassinato a tiros no Rio de Janeiro (RJ) durante a madrugada de quinta-feira (5).

No momento de dor, a parlamentar manifestou sua determinação em buscar justiça e transparência no caso, revelando sua intenção de obter acesso às informações do inquérito policial para acompanhar de perto as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

“Nós da família vamos pedir, através dos nossos advogados, acesso aos dados do inquérito, conforme a lei nos possibilita, para que a gente possa ter acesso às informações e acompanhar de perto todas as linhas e possibilidades de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro”, afirmou a deputada em entrevista ao G1.

A deputada também aproveitou a ocasião para agradecer pelo apoio e solidariedade que recebeu de inúmeras pessoas desde a trágica notícia da morte de seu irmão. “Isso também demonstra o quanto a sociedade brasileira repudia profundamente o que aconteceu e o quanto o crime precisa ser solucionado, ser tratado com a maior seriedade possível, porque meu irmão era uma pessoa maravilhosa”, concluiu Sâmia.

Nas redes sociais, Sâmia publicou uma carta ao irmão, se referindo a Diego como “o maior orgulho”. “Nossa família é muito forte e unida e vamos seguir juntos por você sempre. Também não vamos nos conformar, vamos lutar por justiça. Você sempre incentivou que eu usasse minha voz e posição para brigar pelo certo e pelo justo. Essa briga eu daria tudo pra não precisar dar, mas será a maior de todas elas”, escreveu.

Além de Diego, outros três médicos foram alvos dos tiros. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida, que morreram no local, e Daniel Sonnewend Proença, que sobreviveu. Eles foram ao Rio de Janeiro para participarem de um congresso internacional de ortopedia, área da qual eram especialistas.

Apesar de seguir a hipótese de crime político, uma vez que Sâmia é constantemente ameaçada pelo enfrentamento aos políticos de extrema-direita, a principal linha investigativa é de que os médicos foram vítimas de uma execução encomendada, mas por engano. A polícia suspeita que o alvo original era Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, líder de uma milícia que atua na Zona Oeste do RJ. O miliciano é muito parecido com Perseu, uma das vítimas.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link