O Carnaval de Lula e Janja e do fim do fascismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 20 de fevereiro de 2023 às 7:13
Presidente Lula da Silva (PT) ao lado da primeira-dama Janja em discurso no Festival do Futuro. Foto: Reprodução

O Carnaval é bem mais do que uma festa, é a mais poderosa manifestação pública de sentimentos coletivos, muitas vezes com forte componente de crítica.

Nada se equivale ao que o Brasil demonstra nessa época, em nenhuma outra circunstância, para reafirmar alegria e liberdade, se possível com alguma reflexão.

O sentimento do Carnaval deste ano é o do fim do fascismo. Fecha-se o ciclo de quatro anos de horror do bolsonarismo, com seus militares, grileiros, garimpeiros e milicianos.

Abre-se o ciclo da retomada da democracia, com a força inspiradora de Lula e Janja nas ruas. Sim, com Janja, uma das figuras mais presentes em máscaras, fantasias e cartazes dos blocos.

O primeiro Carnaval sem os terroristas é demolidor para a extrema direita. Não há espaço nas ruas, nas escolas e nos barracões para qualquer tentativa de manifestação pró-Bolsonaro.

O bolsonarismo é, desde o 8 de janeiro, associado a terrorismo, acrescentado ao que já significava como disseminador de ódio, mentira e negacionismo.

O Carnaval deste ano tirou das ruas qualquer possiblidade de presença do fascismo mais atrevido.

O Brasil debocha sem medo dos manés e dos patriotários, ou no Carnaval não seria o que é. O povo nas ruas está deixando uma marca: deixem de temer o fascismo.

Os blocos fizeram com que a manezada ficasse em casa. Quem se atreveu a sair não teve, como vinha tendo, coragem de dizer que é fascista.

Daqui a alguns anos, quando perguntarem o que marcou o fim do fascismo no Brasil, muitos dirão que foi o Carnaval de 2023.

Publicado no Blog do Moisés Mendes