O que é a Coligação Proporcional, que deputados tentam fazer voltar a valer

Atualizado em 11 de agosto de 2021 às 22:42
Desde o começo de sua campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro alega não confiar nas urnas eletrônicas. Reprodução.

A Câmara aprovou a volta da Coligação Proporcional. Para isso, foi costurado o sepultamento do Distritão, que não deverá sequer ser votado. O DCM mostrou que a amarração foi definida na noite desta quarta-feira (11), após acordo partidário. Mas o que é a Coligação Proporcional, que pode voltar a valer?

Proibida a partir das eleições de 2018, ela sempre foi usada nas eleições anteriores no Brasil. Trata-se de uma junção de partidos políticos para elegerem juntos cargos parlamentares. Ou seja, vereadores, deputados estaduais e federais.

Na Coligação Proporcional, quando dois partidos se juntam para concorrer, os votos deles se somam. Por exemplo, se para a Câmara dos deputados, se juntam PT e PSOL, o voto de todos os candidatos são somados. Isso significa que não é o partido que precisa atingir o quociente eleitoral, mas a junção.

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Coligação Proporcional

Por este sistema, os deputados (ou vereadores) mais votados da coligação é que se elegem. O total de cadeiras garantidas pelo quociente passa a ser da Coligação e não mais de apenas um grupo. Com isso, os grupos podem ser fortalecidos.

A queda desse sistema mudou o ritmo das eleições, principalmente nos municípios em 2020. Isso porque obrigou partidos a se organizar para garantir o quociente eleitoral sozinhos. Para quem não sabe: o quociente eleitoral é a métrica para garantir a eleição no parlamento. O cálculo é feito com base no total de votos válidos divididos pelo número de cadeiras. Se a regra voltar, o jogo muda.