Publicado no Jornal de Angola
Obreiros que se encontravam à entrada principal da igreja localizada na Avenida Brasil, junto à Cidadela, receberam o jornalista com interrogatório, ameaças e ânimos exaltados, enquanto no interior, o pastor falava para um considerável número de fiéis.
“O que queres, aqui? Nós já te conhecemos desde a manifestação que realizámos na Catedral do Maculusso, vimos-te lá, o que vieste fazer aqui?”, interrogavam ao repórter.
O jornalista explicou aos insurgentes que estava a fazer uma reportagem sobre o reinício dos cultos, o que atiçou ainda mais os ânimos.
O mesmo comportamento verificou-se na Igreja da Samba, nas proximidades do ex-Zamba 2. O Jornal de Angola foi alertado para uma confusão que se registava no local, protagonizada por fiéis da IURD que integram a “ala” brasileira.
No local, a equipa do Jornal de Angola foi impedida de recolher qualquer informação por um grupo de jovens insurgentes designados “Os sete mil obreiros”.
Em muitas comunidades da IURD, as igrejas estavam abertas. Muitos obreiros devidamente uniformizados estavam do lado de fora, enquanto outros faziam limpeza no interior.
A Procuradoria-Gral da República suspendeu, no dia 13 de Agosto, a Igreja Universal de todas as actividades religiosas, na sequência das investigações sobre lavagem de dinheiro, vasectomia e outros crimes graves de que é acusada.
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