Operação de Israel no maior hospital de Gaza deixa ONU “horrorizada”

Atualizado em 15 de novembro de 2023 às 10:56
Palestino tenta salvar criança em Gaza. Foto: Reprodução

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, contou que a organização ficou “horrorizada” com uma operação militar de Israel realizada dentro do hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, na noite da última terça (14).

O Exército israelense anunciou sua entrada em parte do complexo hospitalar. Eles afirmam que o grupo islâmico Hamas tem uma base secreta de comando militar abaixo do local. Entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), condenaram a operação militar.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também expressou extrema preocupação com o impacto da operação, destacando as potenciais repercussões para pacientes, profissionais da saúde e civis. Em comunicado, enfatizou a necessidade de tomar todas as medidas para evitar consequências adversas para esses grupos e informou estar em contato com as autoridades envolvidas, monitorando de perto a evolução da situação.

Bebê na incubadora em hospital de Gaza. Foto: Reprodução

A impossibilidade de contato com a região não permite afirmar se houve conflito armado dentro do hospital, que abriga cerca de 2.300 pessoas, entre pacientes, profissionais da saúde e moradores deslocados pelo conflito em Gaza.

O Exército de Israel afirmou que o procedimento foi “uma operação precisa e direcionada” contra o grupo Hamas numa área específica do hospital. Eles contam que o objetivo não foi prejudicar civis e afirmaram ter enviado incubadoras, falantes de árabe e médicos para reduzir os possíveis danos aos palestinos.

Testemunhas relatam condições terríveis dentro do hospital nos últimos dias, incluindo procedimentos médicos, como partos, realizados sem anestesia, famílias enfrentando escassez de comida e água nos corredores, e o odor de cadáveres em decomposição no ar. O diretor do hospital, Mohammed Abu Salmiya, informou que uma vala comum foi aberta no local, onde já foram enterrados 179 corpos.

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